quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Esquema de estudo - Introdução aos estudos históricos



INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS



→ CONCEITO DE HISTÓRIA:

- História é a ciência que estuda a mudança.

- História é vida, é movimento, é transformação.

- A História estuda a vida humana através do tempo: estuda o que os homens fizeram, pensaram ou sentiram enquanto seres sociais.

- Processo de transformação onde todos os homens são agentes das constantes mudanças que ocorrem: processo histórico.



→ O TERMO HISTÓRIA:

- Os gregos foram os primeiros a utilizá-lo:

• Histor, originalmente, significava aquele que apreende pelo olhar, aquele que sabe, o testemunho, aquele que testemunhou com seus próprios olhos os acontecimentos.

• “História” (“his” + “oren”) significava apreender pelo olhar aquilo que se sucede dinamicamente, ou seja, testemunhar os acontecimentos, a realidade.

- Por influência de Heródoto, que deu o título de Histórias ao resultado de suas pesquisas acerca das Guerras Médicas, o termo assumiu o sentido particular de busca do conhecimento das coisas humanas, do saber histórico.

- História passou a significar a busca, a pesquisa e também os resultados compilados na obra histórica.



→ O AGENTE DA HISTÓRIA:

- O Homem é o agente fazedor da História


→ CULTURA:

- Cultura é a maneira de manifestar vida de um grupo humano.

- É o conjunto das diversas formas naturais e espirituais com que os indivíduos de um grupo convivem, nas quais atuam e se comunicam e cuja experiência coletiva pode ser transmitida através de vias simbólicas para a geração seguinte.

- o Homem produz cultura: produz objetos e ideias de acordo com suas necessidades de sobrevivência.


→ FONTES HISTÓRICAS:

  É todo vestígio da vida humana utilizado pelo historiador para produzir conhecimento histórico.

Vestígios (documento) que permitem a reconstituição do passado.

└ Ex.: cartas, roupas, fotografias depoimentos, pinturas, livros e etc.

− Para realizar seu trabalho, o historiador costuma recorrer a fontes de pesquisas, que podem ser escritas e não escritas.

• As fontes escritas podem ser: jornais, revistas, cartas testamentos e outros.

• As fontes não escritas podem ser:

└ Visuais - construções, ou ruínas de monumentos, fotografias, quadros.

└ Orais -depoimentos e relatos orais, músicas e etc.



→ FATO HISTÓRICO:

− Fato histórico é o objeto de estudo da História.

− Existem dois tipos de fatos:

• Fato Social: é o fato que não muda uma realidade social mais ampla.

└ Ex: Aniversário, casamento, etc.

• Fato Histórico: Muda a realidade social mais ampla.

└ Ex: A eleição de Barack Obama, O atentado as Torres Gêmeas (World Trade Center), etc.





→ CIÊNCIAS AUXILIARES DA HISTÓRIA:

- Economia: estuda os meios de produção, distribuição, consumo e circulação da riqueza.

- Sociologia: estuda o homem em sociedade.

- Geografia: estuda a superfície da terra no seu aspecto físico e humano.

- Antropologia: estuda o homem no aspecto biológico e cultural.

- Arqueologia: estuda as culturas extintas.

- Paleontologia: estuda os fósseis.

- Cronologia: localização dos fatos no tempo.

- Paleografia: escritos antigos em materiais leves.

- Epigrafia: escritos antigos em materiais pesados.

- Heráldica: brasões, escudos e insígnias.

- Numismática: moedas.



→ PARA QUE SERVE A HISTÓRIA?

- Para dar consciências aos homens do seu poder de transformar a realidade.



→ A HISTÓRIA E O TEMPO:

− A  história estuda a transformação e as permanências das sociedades ao longo do tempo.

− O estudo tempo é chamado de cronologia. A divisão do tempo pode ser feita de várias maneiras, uma delas é o calendário. Há diversos calendários:

• O nosso é o calendário cristão (o ano do nascimento de Cristo é o ano 1). Assim, todos acontecimentos antes do nascimento de Cristo é representado por a.C. e depois é d.C.

└ Ele por Júlio César (Juliano). No século XVI, o papa Gregório XIII, fez uma reformulação que resultou no calendário cristão gregoriano.

• O calendário judaico O marco inicial do calendário judeu é a criação do mundo. Ou seja, o mundo foi criado há 5774 anos.

O calendário islâmico começa no dia 16 de julho do ano 622. Marca a data em que Maomé fugiu de Meca para Medina, evento conhecido com Hégira – De acordo com o calendário cristão eles estão no ano de 1392.

− Periodização Tradicional: Pré-História e História.

• Pré-História:

Paleolítico.

└ Neolítico.

• História:

└ Idade Antiga: da invenção da escrita (4.000 a.C.) até a queda do império romano (476).

└ Idade Média: da queda do império romano até a tomada de Constantinopla (1453).

└ Idade Moderna: da tomada de Constantinopla até a Revolução Francesa (1789).

└ Idade Contemporânea: da Revolução Francesa até os dias atuais.



→ TEORIA DA HISTÓRIA:

- A historiografia é a arte ou o modo de escrever a História ou o estudo crítico da História.

- Os conceitos de espaço e de tempo, essenciais no conhecimento histórico, evidenciam a inter-relação da História com a Geografia.

- a História, como as outras formas de conhecimento da realidade, está sempre se constituindo: o conhecimento que ela produz nunca é perfeito ou acabado.

- a História dos homens na transformação da natureza e na organização das sociedades é objeto de controvérsia permanente para historiadores e cientistas sociais.

- o passado histórico não deve ser apresentado de maneira única, como uma verdade absoluta, desvinculado das discussões que envolvam o presente.

- o historiador não é homem neutro, imparcial e isolado de sua época. O mundo de hoje contagia de alguma maneira o trabalho do historiador, refletindo-se na reconstrução que ele elabora do passado.

- a compreensão do presente e o estudo do passado não se relacionam entre si de forma mecânica, estreita e determinista.



→ PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRIA

− Patrimônio Cultural pode ser definido como um conjunto de bens culturais, antigos e novos, representativo das manifestações culturais de uma nação ou de um povo.



PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRIA

“Quando vivemos num lugar somos reconhecidos por alguma coisa que fazemos, pelo que fazem nossos pais ou as pessoas com quem vivemos, ou por coisas que nos vão acontecendo. Fazendo amigos, indo à escola, trabalhan­do, ajudando aos outros, brincando, marcamos a nossa vida e as vidas das pessoas que nos cer­cam.”

Tudo o que fazemos, o que criamos ou inventamos, é a partir do que vemos, do que sentimos e do que aprendemos. E tanta coisa! Há jeitos diferentes de viver, de tratar o meio ambiente e os animais, de cuidar dos doentes, fazer festas e comidas. Também as brincadeiras, as músicas que cantamos, as danças, os jogos, as histórias. Chamamos a este conjunto de coisas de Patrimônio Cultural. Ele é constituído pelo que já encontramos desde que nascemos, mas também pelo que vamos construindo e acrescentando com a nossa vida e a nossa ação. É como uma “herança” que todos recebemos ao nascer e que faz o con­junto dos bens que pertencem a um povo ou a um país: o meio ambiente, tudo o que se es­creve nos livros, o que se produz nas artes, tudo o que se aprende e se faz para sobreviver (como o saber subir em árvores, saber pescar, plantar e colher, saber cuidar dos animais, saber na­dar...); e tudo o mais que é necessário para viver bem (como cozinhar, costurar, construir fabricar, instalar; assim como os objetos que se fabrica, as construções, as cidades). Esta “herança” é o patrimônio cultural.

Somente conhecendo o patrimônio cultu­ral de uma comunidade podemos entender um pouco o que ela é: o que fazem as pessoas que ali vivem, e até o que desejam e sonham, pode­mos enfim conhecer a sua história. Por isto os historiadores, para escrever os livros de Histó­ria, vão procurar informações estudando os bens do patrimônio cultural. Eles pesquisam dados do meio ambiente, buscam documentos nos ar­quivos, museus e bibliotecas, leem livros, entrevistam pessoas, estudam outros tipos de bens culturais.

Podemos aprender História nos livros, mas precisamos também entender como trabalham os historiadores e, como eles. conhecer o que di­zem os documentos, os monumentos, as fotogra­fias, as manifestações ar­tísticas, os documen­tários da TV ou do cine­ma, os jornais, ou o que nos dizem as lembranças dos mais velhos. Assim veremos como é fasci­nante a nossa história, quanto há o que aprender com ela! Certamente va­mos entender e valorizar este patrimônio, que fala da nossa história e que, portanto, fala sobre nós mesmos”.


Texto extraído: SANTOS, Lenalda Andrade e. Para Conhecer a História de Sergipe. SEED. 1998.

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