História
e Cultura Africana e Afro-Brasileira
→ Continente africano = diversidades e
contrastes.
− Os povos que habitam a
África são física e culturalmente diferentes:
• Pessoas de pele escura/ negroides/
bosquímanos.
• Existem mais de mil idiomas falados no
continente.
− Centenas de religiões e tradições.
• Religiões monoteístas = Cristianismo e
Islamismo.
• Religiões politeístas − A religião era o
sustentáculo desses povos
∟ Acreditavam num mundo de espíritos naturais
e ancestrais, cuja influência sobre a vida cotidiana podia ser benéfica ou
maligna.
∟ Para muitos, boa sorte em tempos de guerra
e as boas colheitas poderiam ser invocadas através de cerimônias religiosas.
Se preferir clique no link abaixo e faça o download
http://www.4shared.com/office/1EbeHBiWba/Histria_e_Cultura_Africana_e_A.html
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→ Forma de organização política.
− Pequenas comunidades políticas = aldeia
(mais ou menos autossuficientes)
− Decisões = conselho dos chefes das
famílias.
− A partir quarto milênio – começaram a
construir unidades mais centralizadas
• Prestavam lealdade um rei.
• Famílias reais = revezamento do poder =
voto ou força das armas.
− Fortalecidos pelo comércio – entre os
séculos XII e XV, alguns reinos se tornaram mais poderosos e formaram
verdadeiros impérios – destaque para Gana e Mali.
− Quando os europeus começaram, no século XV,
a frequentar a costa africana, eles se espantaram com o desenvolvimento que
presenciaram.
• Portos cheios de navios – comerciantes de
todas as partes.
• Cidades com casas semelhantes ou até
melhores do que as de Portugal.
• Já conheciam a metalurgia do ferro e usavam
uma técnica superior a da Europa.
• Criavam obras de arte magníficas.
• Produziam panos de algodão de ótima
qualidade.
→ Foi a partir do século XV, com as grandes
navegações, que a história dos povos africanos sofreu uma mudança radical –
foram vítimas da maior migração forçada da história da sociedade.
− Os portugueses foram os pioneiros no
tráfico negreiro para a América.
− Naquela época o comércio de escravos
tratava-se de um negócio normal e envolvia muitas pessoas.
• Pumbeiros.
• Soldados – funcionários do governo africano
– dirigentes do governo.
• Comerciantes europeus.
• Compradores de escravos na América.
− O comércio de escravos passou a ser fonte
de renda na África.
• Em alguns lugares, as autoridades chegaram
a baixar leis onde os devedores não seriam mais punidos com a prisão, mas com a
escravidão.
→ A escravidão foi uma instituição legal do
Brasil (século XVI – XIX)
− Foi a escravidão que possibilitou o sucesso
da colonização e a construção da nação brasileira.
− Nas primeiras décadas do século XV, os
portugueses não deram tanta atenção para o Brasil devido comércio das
especiarias nas Índias.
• Isso mudou quando este tipo de comércio deixou de ser tão lucrativo para
eles.
∟ Passou a existir uma relação entre colônia
e metrópole.
− Até 1530, o pau-brasil era o
principal produto levado para a Europa.
− Montavam feitorias e o trabalho era
realizado através do escambo.
− Frequentemente os franceses contrabandeavam
o pau-brasil.
− Para não perder a terra e torná-la
produtiva, o jeito foi colonizá-la.
→ A produção açucareira
− Portugal já tinha experiência na plantação
da cana-de-açúcar – Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde.
− As terras brasileiras pareciam propícias para
a plantação e o mercado europeu necessitava do produto.
− A primeira mão de obra usada para a
produção do açúcar foi à escravidão do nativo.
• A escravidão indígena trouxe uma série de
problemas – a resistência e
principalmente a oposição da Igreja Católica.
− Começaram a utilizar o tráfico de
escravos – negro trazido da África.
→ O tráfico fez com que os africanos fossem
desprovidos de sua individualidade.
− Uma vez escravizados eram transformados em
mercadoria.
• Consolidava-se a “coisificação” do negro –
percebido como inferior.
• Não se levou em conta a enorme
multiplicidade étnica, cultural e linguística dos povos africanos.
• Aqueles que participavam da escravização
tentavam justifica-la construindo ideologias racistas.
└ Os negros eram vítimas da “maldição de
Caim”.
└ Os negros passaram a ser vistos como seres
primitivos, incivilizados e portadores de uma cultura desprezível.
• Já nos portos de entrada o negro perdia o
seu nome de origem e era rebatizado geralmente com nomes bíblicos.
• As condições de vida e de trabalho dos
africanos eram extremamente desumanas.
└ Encerrados em grandes plantações e áreas de
mineração.
└ Superexploração do trabalho = recuperar o
capital investido.
└ Desequilíbrio entre os sexos – predomínio
absoluto de homens.
└ Enorme mortandade.
→ A resistência dos africanos e dos
afrodescendentes se estendeu do século XVI ao XIX.
− Múltiplas revoltas, formação de quilombos,
fugas, incêndios de plantações, destruição de equipamentos, lentidão do
trabalho, automutilações, assassinatos de senhores e capatazes, embriaguez e
até mesmo suicídios.
− O Quilombo dos Palmares foi um dos mais
conhecidos representantes da resistência à escravidão no Brasil.
• Organizado na Serra da Barriga, no interior
do atual estado de Alagoas.
• O número de habitantes segundo alguns
historiadores alcançou, aproximadamente, 20 mil habitantes.
• Dirigido inicialmente por Ganga-Zumba, mais
tarde substituído por Zumbi.
• Foi destruído por sucessivas expedições
repressivas, onde a morte de Zumbi é hoje considerada Dia da Consciência Negra
(20 de novembro).
→ A abolição do tráfico negreiro.
− O Brasil foi o último país das Américas a
abolir a escravidão.
− Pressões inglesas para o fim da escravidão
no Brasil.
• 1845 – Bill Aberdeen - proibição do tráfico negreiro.
• 1850 – Lei Eusébio de Queirós –
Proibição do desembarque de escravos nos portos brasileiros.
∟ A lei preservava a propriedade dos escravos
adquiridos em período anterior.
∟ O tráfico de escravos passou a ser interno
– do Nordeste para o Sudeste.
→ Avanços e recuos do processo de abolição da
escravatura.
− Haviam muitos fazendeiros que não queriam
acabar com a escravidão e manipularam o governo.
− A partir de 1870 desenvolveu no país o
chamado Movimento Abolicionista.
• Pertenciam ao meio urbano e eram letrados.
• Atuavam promovendo comícios, discursos na
Câmara de Deputados, ações de apoio à fuga dos negros.
• No caso dos militares – se negavam a
perseguir escravos fugitivos.
• A imprensa – com textos polêmicos – foi um
dos meios prediletos dos abolicionistas.
− Com a pressão de um lado e a resistência do
outro, o processo abolicionista arrastou-se por vários anos.
• A Lei do Ventre Livre (1871)
∟Esta lei considerava livre todos os
filhos de mulher escravas nascidos a partir da data da lei.
∟ A lei estabelecia duas possibilidades para as crianças que nasciam livres
- Poderiam ficar aos cuidados dos senhores até os 21 anos de idade ou entregues
ao governo - O primeiro caso foi o mais comum e beneficiaria os senhores que
poderiam usar a mão-de-obra destes “livres” até os 21 anos de idade.
• Lei dos Sexagenários (1885)
∟Também conhecida como Lei Sararaiva-Cotegipe - Concedia liberdade aos
escravos com mais de 60 anos de idade.
∟A lei beneficiou poucos escravos, pois eram raros os que atingiam esta
idade, devido a vida sofrida que levavam. Os que chegavam aos 60 anos de idade
já não tinham mais condições de trabalho. Portanto, era uma lei que acabava por
beneficiar mais os proprietários, pois podiam libertar os escravos pouco
produtivos. Sem contar que a lei apresentava um artigo que determinava que o
escravo, ao atingir os 60 anos, deveria trabalhar por mais 3 anos, de forma
gratuita, para seu proprietário.
• Lei Áurea (13 de maio de 1888)
− A abolição foi feita sem indenização para
os fazendeiros – experiência traumática para os senhores de escravos.
− A Lei Áurea deu ao negro a “cidadania de
papel”, mas não lhes garantiu as condições de sobrevivência numa sociedade de
mentalidade escravista.
• O negro pós-abolição, continuava não recebendo o tratamento de igualdade e passava a carregar consigo a marca do passado escravista.
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