EEEFM
“Professora Filomena Quitiba”
2ª série do Ensino Médio e II Etapa
Professor Dayvid Machado Fernandes – História
RELAÇÕES
DE TRABALHO, RELAÇÕES DE PODER E ESTRUTURAS PRODUTIVAS
CIVILIZAÇÃO
DO AÇÚCAR
→ Os árabes apresentaram o açúcar a
Europa Medieval.
− A especiaria era tão rara e apreciada que
chegou a ser presente de casamento de princesas.
→ Século XV – os portugueses começaram a
plantar cana e fabricar o açúcar na ilha do Atlântico – em Açores e Madeira –
trabalho escravo.
− Primeiro financiado por banqueiros
genoveses (italianos) – que revendiam o produto na Europa – e depois pelos
holandeses (século XVII).
→ O açúcar foi importante para a nossa
história – por causa dele, os portugueses resolveram colonizar o Brasil.
− No litoral do Nordeste as chuvas são boas,
o clima era quente e existe um ótimo solo de massapé – esse clima
tropical era a riqueza que não existia na Europa.
− Nos séculos XVI e XVII – o Brasil era o
maior produtor mundial de açúcar.
→ Principais produtoras – capitanias da Bahia
e de Pernambuco – também se produzia no Rio de Janeiro em São Vicente
(hoje São Paulo).
→ O açúcar era produzido principalmente nos engenhos.
− Além dos engenhos também havia uma
quantidade grande de propriedades menores.
− Nos engenhos havia uma vasta plantação de
cana e um galpão onde se moía a cana se cozinhava o caldo e, finalmente, se
produzia o açúcar.
− Havia outras instalações na área do
engenho.
• A casa grande
• Senzala
• As máquinas dos grandes engenhos, que eram
produzidas na Europa – eram importadas de Portugal, da Holanda e depois da
Inglaterra.
• Nos engenhos raramente produziam o que
necessitam – por isso desenvolveu-se uma agricultura voltada ao abastecimento
dos colonos.
∟ Pequenos fazendeiros plantavam mandioca,
milho, e feijão e vendiam nas cidades e nos engenhos.
→ Os pés e as mãos do senhor
de engenho
− Quase tudo era feito pelos escravos
– por isso eram chamados de pés e mãos do senhor.
− O senhor de engenho também era servido por
homens livres e pobres.
• Conduziam os barcos cheios de sacas de
açúcar.
• Cuidavam dos cavalos.
• Vigiavam os escravos
• Alguns funcionários recebiam altos salários
– técnicos e administradores do açúcar.
∟Geralmente vinham da Europa: instalavam e
consertavam as máquinas – orientavam os escravos para que fizessem o açúcar com
a melhor qualidade – administravam a propriedade.
→ A desigualdade social
− A desigualdade social do Brasil nasceu no
Nordeste açucareiro.
• Os senhores
de engenho não eram os únicos ricos do Nordeste açucareiro – existiam os grandes
comerciantes, que importavam e exportavam mercadorias e traziam escravos da
África para serem vendidos no Brasil.
• A
baixo da elite colonial, vinha uma multidão de homens livres e pobres:
∟ Pequenos proprietários de terra, artesãos
(carpinteiro, sapateiro, alfaiate, açougueiro, etc.), pequenos comerciantes.
∟ Agregados – homens livres que
recebiam autorização para estabelecer uma rocinha porque prestavam serviços aos
fazendeiros (capataz, feitor, carpinteiro, etc.).
•
Abaixo de todos estavam os escravos, que exerciam o principal
papel produtivo do engenho
Clique no link abaixo e faça o download em PDF
http://www.4shared.com/office/efY8rBaRce/Civilizao_do_acar___2_ano_e_Et.html
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→ O poder dos senhores
− O
senhor de engenho era o grande dominador de terras e de homens - distinguia-se pelo direito de portar armas
(espada) – pelo desprezo a qualquer tipo de trabalho manual e pela “pureza de
sangue”.
− A família de um latifundiário era chamada
de patriarcal.
• O pai era o senhor absoluto e também se
considerava senhor absoluto da mulher e dos filhos.
− A inferioridade das mulheres era
típico neste tipo de sociedade.
• Estudavam menos – por isso a maioria não
sabia ler nem escrever – só aprendiam o que agradaria seus futuros maridos.
•
Jamais saia sozinha a rua.
•
Casada a mulher deveria se submeter ao marido e cuidar dos filhos.
•
Eventualmente, poderia exercer um papel de liderança quando o marido
viajava ou falecia.
• As mulheres do povo tinham uma vida mais
agitada – podiam ser até mais livres – mas a noção de que o homem é superior
também estava disseminada nas classes populares.
→ Os holandeses e o
açúcar do Brasil
− No século XVII – os holandeses podiam
financiar a produção, transportar para a Europa, refinar e revender o açúcar.
• Os holandeses monopolizavam muitas rotas de
comércio – por isso os portugueses tinham que vender o açúcar diretamente para
eles – que depois revendiam na Europa.
→ A União Ibérica (1580
– 1640)
− Período em que o rei da Espanha passou a
ser também o rei de Portugal.
• O rei português morreu sem deixar filhos (D.
Sebastião) – o parente mais próximo era Felipe II (rei da Espanha).
− Com a União Ibérica todos os inimigos da
Espanha passaram a ser inimigos de Portugal.
• Graças a União Ibérica, o rei da Espanha
ordenou que a Holanda não pudesse mais negociar o açúcar do Brasil.
∟ Os holandeses decidiram que a única maneira
de derrubar o veto espanhol era ocupar o
Brasil açucareiro.
→ A ocupação holandesa do
Nordeste (1630-1654)
− Não tomaram os engenhos – estavam
interessados no comércio do açúcar e não na produção.
• Agora só podiam vender o açúcar para a Companhia
das índias Ocidentais.
− O mais importante administrador do Brasil
holandês foi Maurício de Nassau.
• Fez tudo para que os senhores de engenho
colaborassem.
∟ Só cobrava metade do valor dos impostos que
antes eram cobrados pela Espanha.
∟ Procurava ouvir e atender as reclamações
dos habitantes ricos.
∟Por várias vezes adiou a cobrança de dívidas
de proprietários em dificuldades.
→ A saída dos holandeses
− Em 1640, os nobres portugueses se
revoltaram e separaram o país da Espanha.
• Fizeram um acordo com os holandeses para
encerrar as hostilidades – mas no Brasil, Nassau manteve os ataques.
− Devido os grandes gastos holandeses –
guerras com a Espanha e Inglaterra – já não podiam desperdiçar dinheiro no
Brasil.
• Nassau foi demitido e foram nomeados nossos
administradores – que aumentaram os impostos, passaram a cobrar dívidas antigas
e cortaram os financiamentos.
∟ A opressão holandesa cresceu tanto que
acabaram estourando inúmeras revoltas.
∟ Devido os grandes gastos com armas e
recebimento de pouco açúcar dos engenhos – a Companhia das Índias Ocidentais
arrumou as malas e se retirou do Brasil em 1654.
→ Crise do açúcar
− Os
holandeses passaram a produzir o açúcar nas colônias nas Antilhas (ilhas no mar
do Caribe).
• A
concorrência fez diminuir o preço internacional – a competição foi devastadora
para o Brasil.
∟ Em 1650 – a exportação do açúcar rendia 3,8
milhões de libras esterlinas.
∟ Em 1710 – essa cota diminuiu para 1,7
milhão.
−
Crise europeia do século XVII - Guerras, falências de banqueiros e de
donos de manufaturas, diminuição da quantidade de prata e de ouro vindos da
América.
− Epidemias de varíola e febre amarela,
mataram inúmeros escravos no Brasil, encarecendo ainda mais a produção.
− Crise do mercado interno do Brasil
colonial.
→ Arrocho colonial
− No século XVII Portugal não era mais uma
nação vigorosa da época das grandes navegações – devido à concorrência de
países europeus mais fortes.
−
Agora a grandeza de Portugal era baseada nas riquezas extraídas no Brasil – por
isso a regra do exclusivo colonial teria que ser seguida a risca.
−
Elevou a taxa de uma série de impostos – o que causou uma série de rebeliões.
•
Revolta da Cachaça – Rio de Janeiro - 1661.
• Revolta do Nosso-Pai – Pernambuco - 1666.
• Revolta do Sal – Santos e São Paulo -
1711.
• Motim do Maneta – Salvador - 1711.
• Revolta dos Beckman – São Luís - 1684.
→ Guerra dos Mascates –
Pernambuco – 1710.
− Conflito envolvendo fazendeiros de Olinda
e comerciantes (mascates) de Recife.
− Olinda era o centro político de Pernambuco,
contando dom uma câmara de Vereadores - economicamente estava em decadência.
− Em 1709, os comerciantes de Recife, em
Ascensão econômica, conseguiram da Coroa sua emancipação política, com
condições de organizar sua câmara de vereadores.
− Os olindenses, sentindo-se prejudicados,
invadiram Recife.
− Em 1710 o conflito terminou e a rica Recife
passou a ser o centro administrativo de
Pernambuco.
→ O
boi e o açúcar
− O gado era necessário aos engenhos
• Proporcionava carne, leite, couro e força
para mover moendas e para carregar a carga.
− Foi graças a pecuária bovina que o sertão
nordestino começou a ser desbravado.
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