quarta-feira, 9 de julho de 2014

Esquema de estudo - A civilização do açúcar - 2ª série e Etapa II (ensino médio)

EEEFM “Professora Filomena Quitiba”
2ª série do Ensino Médio e II Etapa
Professor Dayvid Machado Fernandes – História

RELAÇÕES DE TRABALHO, RELAÇÕES DE PODER E ESTRUTURAS PRODUTIVAS
CIVILIZAÇÃO DO AÇÚCAR

→ Os árabes apresentaram o açúcar a Europa Medieval.
− A especiaria era tão rara e apreciada que chegou a ser presente de casamento de princesas.
→ Século XV – os portugueses começaram a plantar cana e fabricar o açúcar na ilha do Atlântico – em Açores e Madeira – trabalho escravo.
− Primeiro financiado por banqueiros genoveses (italianos) – que revendiam o produto na Europa – e depois pelos holandeses (século XVII).
→ O açúcar foi importante para a nossa história – por causa dele, os portugueses resolveram colonizar o Brasil.
− No litoral do Nordeste as chuvas são boas, o clima era quente e existe um ótimo solo de massapé – esse clima tropical era a riqueza que não existia na Europa.
− Nos séculos XVI e XVII – o Brasil era o maior produtor mundial de açúcar.

→ Principais produtoras – capitanias da Bahia e de Pernambuco – também se produzia no Rio de Janeiro em São Vicente (hoje São Paulo).
→ O açúcar era produzido principalmente nos engenhos.
− Além dos engenhos também havia uma quantidade grande de propriedades menores.
− Nos engenhos havia uma vasta plantação de cana e um galpão onde se moía a cana se cozinhava o caldo e, finalmente, se produzia o açúcar.
− Havia outras instalações na área do engenho.
• A casa grande
• Senzala
• As máquinas dos grandes engenhos, que eram produzidas na Europa – eram importadas de Portugal, da Holanda e depois da Inglaterra.
• Nos engenhos raramente produziam o que necessitam – por isso desenvolveu-se uma agricultura voltada ao abastecimento dos colonos.
∟ Pequenos fazendeiros plantavam mandioca, milho, e feijão e vendiam nas cidades e nos engenhos.

 Os pés e as mãos do senhor de engenho
Quase tudo era feito pelos escravos – por isso eram chamados de pés e mãos do senhor.
− O senhor de engenho também era servido por homens livres e pobres.
• Conduziam os barcos cheios de sacas de açúcar.
• Cuidavam dos cavalos.
• Vigiavam os escravos
• Alguns funcionários recebiam altos salários – técnicos e administradores do açúcar.
∟Geralmente vinham da Europa: instalavam e consertavam as máquinas – orientavam os escravos para que fizessem o açúcar com a melhor qualidade – administravam a propriedade.

 A desigualdade social
− A desigualdade social do Brasil nasceu no Nordeste açucareiro.
•  Os senhores de engenho não eram os únicos ricos do Nordeste açucareiro – existiam os grandes comerciantes, que importavam e exportavam mercadorias e traziam escravos da África para serem vendidos no Brasil.
•  A baixo da elite colonial, vinha uma multidão de homens livres e pobres:
∟ Pequenos proprietários de terra, artesãos (carpinteiro, sapateiro, alfaiate, açougueiro, etc.), pequenos comerciantes.
Agregados – homens livres que recebiam autorização para estabelecer uma rocinha porque prestavam serviços aos fazendeiros (capataz, feitor, carpinteiro, etc.).
•  Abaixo de todos estavam os escravos, que exerciam o principal papel produtivo do engenho

Clique no link abaixo e faça o download em PDF
http://www.4shared.com/office/efY8rBaRce/Civilizao_do_acar___2_ano_e_Et.html


 O poder dos senhores
−  O senhor de engenho era o grande dominador de terras e de homens -  distinguia-se pelo direito de portar armas (espada) – pelo desprezo a qualquer tipo de trabalho manual e pela “pureza de sangue”.
− A família de um latifundiário era chamada de patriarcal.
• O pai era o senhor absoluto e também se considerava senhor absoluto da mulher e dos filhos.
− A inferioridade das mulheres era típico neste tipo de sociedade.
• Estudavam menos – por isso a maioria não sabia ler nem escrever – só aprendiam o que agradaria seus futuros maridos.
•  Jamais saia sozinha a rua.
•  Casada a mulher deveria se submeter ao marido e cuidar dos filhos.
•  Eventualmente, poderia exercer um papel de liderança quando o marido viajava ou falecia.
•  As mulheres do povo tinham uma vida mais agitada – podiam ser até mais livres – mas a noção de que o homem é superior também estava disseminada nas classes populares.
 Os holandeses e o açúcar do Brasil
− No século XVII – os holandeses podiam financiar a produção, transportar para a Europa, refinar e revender o açúcar.
• Os holandeses monopolizavam muitas rotas de comércio – por isso os portugueses tinham que vender o açúcar diretamente para eles – que depois revendiam na Europa.

 A União Ibérica (1580 – 1640)
− Período em que o rei da Espanha passou a ser também o rei de Portugal.
• O rei português morreu sem deixar filhos (D. Sebastião) – o parente mais próximo era Felipe II  (rei da Espanha).
− Com a União Ibérica todos os inimigos da Espanha passaram a ser inimigos de Portugal.
• Graças a União Ibérica, o rei da Espanha ordenou que a Holanda não pudesse mais negociar o açúcar do Brasil.
∟ Os holandeses decidiram que a única maneira de derrubar o veto espanhol era ocupar o  Brasil açucareiro.

 A ocupação holandesa do Nordeste (1630-1654)
− Não tomaram os engenhos – estavam interessados no comércio do açúcar e não na produção.
• Agora só podiam vender o açúcar para a Companhia das índias Ocidentais.
− O mais importante administrador do Brasil holandês foi Maurício de Nassau.
• Fez tudo para que os senhores de engenho colaborassem.
∟ Só cobrava metade do valor dos impostos que antes eram cobrados pela Espanha.
∟ Procurava ouvir e atender as reclamações dos habitantes ricos.
∟Por várias vezes adiou a cobrança de dívidas de proprietários em dificuldades.

 A saída dos holandeses
− Em 1640, os nobres portugueses se revoltaram e separaram o país da Espanha.
• Fizeram um acordo com os holandeses para encerrar as hostilidades – mas no Brasil, Nassau manteve os ataques.
− Devido os grandes gastos holandeses – guerras com a Espanha e Inglaterra – já não podiam desperdiçar dinheiro no Brasil.
• Nassau foi demitido e foram nomeados nossos administradores – que aumentaram os impostos, passaram a cobrar dívidas antigas e cortaram os financiamentos.
∟ A opressão holandesa cresceu tanto que acabaram estourando inúmeras revoltas.
∟ Devido os grandes gastos com armas e recebimento de pouco açúcar dos engenhos – a Companhia das Índias Ocidentais arrumou as malas e se retirou do Brasil em 1654.

 Crise do açúcar
−  Os holandeses passaram a produzir o açúcar nas colônias nas Antilhas (ilhas no mar do Caribe).
•  A concorrência fez diminuir o preço internacional – a competição foi devastadora para o Brasil.
∟ Em 1650 – a exportação do açúcar rendia 3,8 milhões de libras esterlinas.
∟ Em 1710 – essa cota diminuiu para 1,7 milhão.
−  Crise europeia do século XVII - Guerras, falências de banqueiros e de donos de manufaturas, diminuição da quantidade de prata e de ouro vindos da América.
− Epidemias de varíola e febre amarela, mataram inúmeros escravos no Brasil, encarecendo ainda mais a produção.
− Crise do mercado interno do Brasil colonial.



 Arrocho colonial
− No século XVII Portugal não era mais uma nação vigorosa da época das grandes navegações – devido à concorrência de países europeus mais fortes.
− Agora a grandeza de Portugal era baseada nas riquezas extraídas no Brasil – por isso a regra do exclusivo colonial teria que ser seguida a risca.
− Elevou a taxa de uma série de impostos – o que causou uma série de rebeliões.
Revolta da Cachaça – Rio de Janeiro - 1661.
Revolta do Nosso-Pai – Pernambuco - 1666.
Revolta do Sal – Santos e São Paulo - 1711.
Motim do Maneta – Salvador - 1711.
Revolta dos Beckman – São Luís - 1684.

 Guerra dos Mascates – Pernambuco – 1710.
−  Conflito envolvendo fazendeiros de Olinda e comerciantes (mascates) de Recife.
−  Olinda era o centro político de Pernambuco, contando dom uma câmara de Vereadores - economicamente estava em decadência.
−  Em 1709, os comerciantes de Recife, em Ascensão econômica, conseguiram da Coroa sua emancipação política, com condições de organizar sua câmara de vereadores.
−  Os olindenses, sentindo-se prejudicados, invadiram Recife.
−  Em 1710 o conflito terminou e a rica Recife passou  a ser o centro administrativo de Pernambuco.

 O boi e o açúcar
− O gado era necessário aos engenhos
• Proporcionava carne, leite, couro e força para mover moendas e para carregar a carga.

− Foi graças a pecuária bovina que o sertão nordestino começou a ser desbravado.

0 comentários:

Postar um comentário

Poste aqui o seu comentário. ProfDayvid

Visitas