quarta-feira, 22 de outubro de 2014

CHAVE DE CORREÇÃO - 2º ANO - 2014



CHAVE DE CORREÇÃO – 2ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO

BRASIL: CAFÉ, INDUSTRIALIZAÇÃO E IMIGRAÇÃO

1) O café entrou no Brasil no início do século XVIII pela região Norte, trazido das Guianas ao Estado do Pará, e aos poucos se espalhou pelo país. Mas foi nas primeiras décadas do século XIX que seu cultivo impulsionou, no Rio de Janeiro, nas áreas do Vale do Paraíba. A expansão cafeeira logo atingiu São Paulo e Minas Gerais.

2) A expansão cafeeira no final do século XIX, se deparou com um obstáculo que a impediu de prosseguir com a sua marcha para o progresso, os índios. Eles resistiram veementemente contra a colonização de suas terras e de seu território pagando caro por isto. Pois não foram poupados das mais terríveis atrocidades cometidas pela empresa capitalista, que aumentava cada vez mais, principalmente com a construção da Estrada de Ferro. Estes índios passaram a ser alvo de ataques violentos, chegando a ser atacados e assassinados em massa. Passaram a ser confinados em pequenas porções de terras, as reservas, propiciando o prosseguimento, sem interrupções, do progresso brasileiro para o oeste paulista, e demais regiões de interesse para a empresa capitalista.


3) No Vale do Paraíba, a implantação das fazendas se deu pela tradicional forma de plantation, ou seja, grandes propriedades, cultivo para exportação e uso de mão-de-obra escrava. A produção era feita através do uso extensivo do solo, ou seja, somente quando a terra não tinha mais nutrientes necessários é que se trocava de região, deixando a antiga abandonada ou para pequenas plantações. Os instrumentos de trabalho eram, praticamente, apenas a enxada e a foice. O transporte nessa primeira fase produtiva era, também, bastante precário, sendo realizado até em tropas de burros.

No Oeste Paulista, as condições de solo e clima eram bem mais propícias para o café, onde a planta chegava a ter cinco anos a mais de produtividade do que em outras regiões. Também o uso de uma tecnologia mais avançada foi muito importante, através do arado e do despolpador para descascar os grãos aumentaram a eficiência da produção. Quanto à mão-de-obra, o Oeste também usou a escrava africana. Contudo, por se desenvolver um pouco mais tarde, praticamente quando o tráfico negreiro já havia sido proibido, buscou-se uma outra alternativa de trabalhadores. Vieram os imigrantes. Neste mesmo período foram introduzidas as ferrovias que contribuíram bastante para o transporte do produto.

4) As ferrovias paulistas surgiram devido à necessidade de transportar o café produzido no interior de São Paulo e exportado pelo porto de Santos. A distância das lavouras cafeeiras e a necessidade de escoar a produção fizeram com que os fazendeiros de café se unissem para criar linhas que servissem as regiões de seu interesse. A primeira ferrovia paulista foi a The São Paulo Railway Company. A Companhia Paulista de Estradas de Ferro ligava Jundiaí e Campinas e foi inaugurada em 1872. A produção cafeeira cresceu e novos trechos foram sendo construídos. A última das grandes ferrovias paulistas foi a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, cujos trilhos, em 1888, alcançaram a divisa com Minas Gerais. Os 12 ramais da Mogiana eram verdadeiros “cata-café”. Foi com o estabelecimento das malhas da Paulista, Sorocabana e Mogiana que a rede ferroviária de São Paulo adquiriu a configuração que tem hoje. Foi o interesse dos cafeicultores que influenciou toda a rede ferroviária construída.

5) O trabalho era realizado através da mão de obra escrava e da mão de obra imigrante.

6) Lei de Terras, como ficou conhecida a lei nº 601 de 18 de setembro de 1850, foi a primeira iniciativa no sentido de organizar a propriedade privada no Brasil.  Até então, não havia nenhum documento que regulamentasse a posse de terras e com as modificações sociais e econômicas pelas quais passava o país. Ficou estabelecido, a partir desta data, que só poderiam adquirir terras por compra e venda ou por doação do Estado. Não seria mais permitido obter terras por meio de posse, a chamada usucapião. Na medida em que elevou o preço da terra, exigindo também o pagamento à vista e em dinheiro no ato da compra, a lei n. 601 contribuiu para manter a concentração fundiária que marca a realidade brasileira até hoje.

7) Manuel Alves Branco, decidiu propor uma lei que elevasse as taxas alfandegárias do país. Segundo a proposta do ministro, a nova tarifa estipulava que os produtos importados que não tivessem equivalente no país sofreriam uma taxação de 30% sob o valor do produto. Os produtos que tivessem concorrentes semelhantes ou iguais viriam a sofrer uma cobrança que poderia variar entre 30% e 60% do valor da mercadoria. De tal modo, a chamada Tarifa Alves Branco tinha como objetivo ampliar arrecadação do governo imperial por meio dessa nova política tarifária. Assim que foi aprovada tal cobrança, os ingleses manifestaram seu repúdio à ação promovendo a aprovação da Lei Bill Aberdeen. De acordo com este decreto, os navios da Marinha Inglesa passavam a ter o direito de prender os navios negreiros que circulassem pelas águas do Atlântico. Tal ação acabou prejudicando a demanda dos produtores agrícolas que exploravam a mão de obra escrava.

8) Na época, tinha uma forma que os fazendeiros ganhavam dinheiro injustamente chamado Parceira. O que os fazendeiros faziam era que eles chamavam pessoas da Europa, que precisavam trabalho urgentemente e estavam sem dinheiro, e pagavam sua viagem para o Brasil, que no tempo era muito cara. Após chegar, os fazendeiros falavam para os imigrantes que para pagar suas dividas, teriam que trabalhar para ele sem paga. Para comer, ele emprestava comida do armazém do fazendeiro, e por isso ficavam permanentemente endividados com o fazendeiro. Isto aconteceu muito com os Italianos que, sem dinheiro e sem conhecimento do que acontecia no Brasil, mordiam a isca.

Isto não deu certo por muito tempo porque depois os imigrantes se revoltavam contra seus fazendeiros, como na Revolta de Ibicaba, e então os fazendeiros começaram a seguir outro sistema: o sistema Colonato. Neste sistema, o fazendeiro pagava o colono pelo seu trabalho no cafezal e dada a permissão de ter um pedaço de sua terra para poder plantar sua comida ou criar animais para ele ou até para a venda. Este sistema era muito melhor para os imigrantes e aceitaram felizmente.

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