EEEFM
“Professora Filomena Quitiba”
Série: 3º
ano – Ensino Médio
Assunto: Imperialismo
Professor:
Dayvid Machado Fernandes – História.
INDUSTRIALIZAÇÃO
E IMPERIALISMO
→ A Europa do século XIX
− Revolução Industrial – segunda metade do
século XVIII = ocorreram grandes mudanças.
• Aumento extraordinário da população
mundial.
• Modernização da agricultura.
• Queda dos índices da mortalidade
infantil.
• Avanço da medicina.
• Êxodo rural = urbanização =
problemas urbanos.
• Exploração do trabalhador –
obediência cega ao relógio.
└ Grã-Bretanha – 1834 – Lei dos
pobres.
− Reação = Associações, sindicatos e greves.
→ Aceleração industrial – século XIX – Segunda Revolução Industrial.
→ Aceleração industrial – século XIX – Segunda Revolução Industrial.
− Extraordinário crescimento dos
mercados consumidores.
− Acúmulo de capitais – Primeira
Revolução Industrial.
− Característica – estreita relação
entre ciência e tecnologia
• Invenção do aço – 1856 – Henry
Bressemer (inglês).
• Invenção do gerador – transforma a
energia mecânica em energia elétrica – 1831 – Inglês Michael Faraday.
└ Lâmpada elétrica – 1881 – Thomas
Alva Edison.
└ Substituição dos cavalos por
locomotivas – crescimento da malha ferroviária.
└ Uso do barco a vapor – transporte de
pessoas e mercadorias.
└ O aproveitamento do petróleo e seus
subprodutos – gasolina e o diesel no motor de explosão.
→ Taylorismo, Fordismo e produtividade
− O norte-americano Frederick W.
Taylor (1865-1915) propôs “a administração científica do trabalho” – Teoria
segundo a qual a produção podia ser medida cientificamente.
└ Controle dos movimentos do
trabalhador, fazendo-o evitar gestos desnecessários e impondo um ritmo e uma
quantidade a ser produzida por dia.
• A partir de 1913, o empresário Henry
Ford aplicou o Taylorismo na fábrica de automóveis Ford Motor Company, e inovou
introduzindo esteiras rolantes.
└ A adoção do sistema
taylorista-fordista fez crescer a produtividade e o lucro das empresas; para os
operários, no entanto, significou aumento do trabalho repetitivo.
→ Concentração de capitais
− A partir de 1870 a industrialização
foi acompanhada por intensa concentração de capitais.
• A fim de monopolizar a produção e a
distribuição de um ou mais produtos os grandes capitalistas comprovam as
empresas dos concorrentes ou levava a falência.
└ Isso deu origem a empresas gigantes
ou associações de empresas: as Holdings, os trustes e os carteis.
− A Holding – associação de várias
empresas a uma grande empresa que centraliza e controla as suas associadas e
detém maior parte das suas ações.
− O Truste – origina-se da fusão de
várias empresas em uma única – Essa empresa passava a controlar desde a
obtenção da matéria-prima até a comercialização do produto final – passa a
regular a oferta e dar os presos finais.
− Cartel – resulta de acordos entre
empresas independentes do mesmo ramo que, para evitar os desgastes da
concorrência, dividem o mercado entre si e fixam preços comuns.
• Neste processo foi comum os bancos
passarem a controlar muitas empresas de outro ramo, ganhando com isso grande
poder e influenciando decisões e seus governos = Capitalismo financeiro ou
monopolista.
→ O Imperialismo
− A partir de 1870, as potencias
europeias intensificaram a busca por mercados consumidores para os seus
manufaturados e áreas produtoras de matérias-primas para suas industrias.
− Buscavam oportunidade de
investimento para os seus capitais e colônias para acomodar parte de seu
excedente populacional.
− Lançaram-se em uma disputa acirrada
pela Ásia, África e Oceania = Imperialismo ou Neocolonialismo.
− Os pensadores europeus formularam
uma teoria chamada Darwinismo Social.
• A raça humana, assim como as
espécies, também passam por uma longa evolução, durante a qual ocorre uma
seleção natural e só as mais aptas sobrevivem.
└ Na luta pela vida só as “raças
superiores” triunfam.
− Os racistas daquela época
acreditavam em duas ideias equivocadas.
• Existem raças humanas
• “Raça branca” é superior a “Raça
negra”, “raça amarela” e aos mestiços.
− Teorias que justificam a dominação
imperialista
− Com base nesse e em outras teorias
racistas, os europeus brancos assumiram a tarefa de levar a civilização, isto
é, o progresso e os “bons costumes” àqueles povos que consideravam
incivilizados e racialmente inferiores.
• Defendiam que tinham uma missão
civilizadora.
→ África: Dominação e resistência
− Entre os séculos XV e XVIII os
europeus se restringiram a uma estreita faixa de terra no litoral da África. A
partir do século XIX, passaram a penetrar o interior do território africano e a
submeter os povos.
− A resistência africana
• O contato com os nativos foi pautado
pelo escambo e pelo comércio de escravos. Na segunda metade do século XIX, os
europeus não queriam mais apenas fazer trocas, mas dominar o território.
• Um exemplo de resistência foi do
Império Zulu, que no final da guerra contra os bôeres, que durou anos, acabaram
derrotados, principalmente devido à superioridade tecnológica e bélica do
inimigo.
• Impressionados com as estratégias do
comandante zulu, os vencedores o apelidaram de “Napoleão Negro”.
− Franceses na África
• Conquistaram a Argélia em 1830 e
instalaram um protetorado obrigando os governantes a praticarem a sua política.
• Assumiram o governo, tomaram as
terras dos nativos e os obrigaram a trabalhar nas culturas de oliveiras, vinho,
frutas e legumes para a exportação.
• Prometiam integrá-los a
“civilização”, mas os impediram que tivessem acesso a direitos básicos, como a
instrução primária.
− Belgas no Congo
• O rei Leopoldo II, da Bélgica
apossou-se em 1884, do Congo e conseguiu que outras nações europeias
reconhecessem esse país africano com uma propriedade particular sua.
• Dividiu o Congo em unidades, nomeou
militares belgas para administrá-lo.
└ Encarregou-os de forçar os
congoleses a trabalhar na extração de marfim e borracha.
• Por meio da intimidação e da
propaganda conseguiu manter o silêncio.
└ Em 1903, um diário escrito pelo
missionário da igreja batista A. E. Scrivener revelou-as ao mundo.
• Para abafar o escândalo, o governo
belga retirou de Leopoldo II o direito sobre o Congo e substituiu os
administradores locais.
└ Isso não foi suficiente para
restabelecer a paz social ou apagar da memória os horrores da dominação belga
no Congo.
− Ingleses na África
• Na década de 1880, os ingleses
estabeleceram um protetorado no Egito, que se encontrava endividado por conta
dos empréstimos tomados para a construção do Canal de Suez (1869).
└ Como o Sudão estava sob o domínio
egípcio, também passou a ser um protetorado inglês.
• Os ingleses adotaram principalmente
a administração indireta.
└ Os antigos chefes locais eram
mantidos no poder e transformados em colaboradores ingleses.
• Habitantes muçulmanos do Sudão,
chamados de dervixes, resistiram ao imperialismo inglês – A luta era vista por
eles como “guerra santa” – mas empregavam os mais modernos armamentos da época.
└ Foram vencidos pelos ingleses na
Batalha de Omdurman (1898).
• Além do Egito e do Sudão, a
Inglaterra se apossou de Uganda, da África Oriental (atual Quênia) e da Rodésia
(atual Zimbábue) – o nome é uma homenagem ao empresário, político e
empreendedor Inglês Cecil Rhodes.
→ Outros europeus na África
– Portugal
• Manteve maior parte dos territórios
conquistados nos séculos XV e XVI – como Guiné, Angola, Moçambique, São Tomé e
principalmente as ilhas de Cabo Verde.
– A Alemanha
• Dominou a África do sudoeste Alemão
e a África Oriental Alemã.
• Conservou uma parte de Marrocos, o
Marrocos espanhol.
– Os europeus promoveram a Conferência
de Berlim (1885) – na qual estabeleceram as regras da partilha da África.
• Comunicam a sua ocupação.
• Asseguram a existência de uma
autoridade capaz de se impor no território ocupado.
• Livre navegação e o livre comércio
na bacias dos rios Congo e Níger.
– Os europeus redesenharam o mapa
africano segundo os seus próprios interesses, não levando em conta as
diferenças entre os próprios africanos – o que resultou em rivalidades e
conflitos.
→ A partilha da Ásia
– Ingleses na Índia
• Foram se impondo desde o século
XVII.
• Por volta de 1750 – apoderaram-se de
quase todo o território hindu.
└ A Índia foi transformada num
protetorado inglês.
• Passaram a vender seus tecidos na
Índia a preços mais baixos e aumentaram os impostos sobre os tecidos indianos,
forçando a alta dos seus preços.
└ Levaram os produtores de tecido
indianos a falência.
└ De grande importadora para
compradora dos tecidos ingleses.
• Os trabalhadores trabalhavam mais
tempo e viviam endividados por causa dos altos impostos.
• Também eram assolados pela constante
escassez de alimentos.
└ Século XIX – Foi atingida por seis
crises de fome – mataram cerca de 15 milhões de hindus.
– A revolta dos Sipaios.
• Os abusos das autoridades inglesas,
o empobrecimento dos hindus e o racismo inglês, provocaram a explosão da
revolta dos Sipaios – iniciada em maio de 1857.
• A superioridade bélica dos ingleses,
acabou prevalecendo.
• O governo inglês dissolveu, então, a
companhia Inglesa das Índias Orientais e nomeou um vice-rei para governar o
país.
• A Índia enviava milhões de libras
para a Inglaterra todos os anos.
– Ingleses na China.
• Civilização antiga, cultura material
e espiritual variada – sempre atraiu os europeus.
• Desde o século XVI, os europeus
compravam da China seda, chá, porcelanas, mas como os chineses não se
interessavam por artigos europeus, o comércio da China era sempre favorável a
ela.
• Por volta de 1820 – os europeus
introduziram o ópio no comércio chinês – o que os deixou dependentes.
└ O ópio trouxe muitos prejuízos e a
rainha Vitória manteve o silêncio mediante os lucros ingleses.
• Revoltados decidiram, então, lançar
ao mar 1400 toneladas de ópio que estavam em navios ingleses estacionados no
porto inglês de catão.
• Alegando prejuízos a propriedade
privada, a Inglaterra iniciou a Primeira Guerra do Ópio – 1839-1842 – após
vencer, obrigaram os chineses a assinar o Tratado de Nanquim.
└ A abertura de cinco portos da China
para o livre comércio inglês.
└ Pagamento de uma indenização de 21
milhões de dólares.
└ Controle de Hong Kong.
└ O direito dos britânicos, serem
julgados por suas próprias leis, caso cometessem crimes em território chinês.
• Depois dos ingleses, os
norte-americanos, os franceses e os russos – também obtiveram por meio da
intimidação, acordos que abriram os portos da China para o seu comércio.
→ O caso do Japão
– O Japão permaneceu isolado do
Ocidente até a década de 1540 – quando os primeiros navegadores portugueses
chegaram a Kyushu.
• Acompanhados por jesuítas –
propagaram fortemente o cristianismo – por volta de 1600 já existiam 300 mil
japoneses cristãos.
– Essa cristianização e a forte
penetração da cultura europeia no Japão provocaram uma forte reação do governo
local – O Shogunato.
• Shogum – chefe de governo e
comandante militar – possui o poder de fato.
• Imperador – mesmo sendo um figura
sagrada, era um prisioneiro em seu palácio.
• Daimios – eram grandes proprietários
de terras que apoiavam o shogum.
• Samurais – guerreiros profissionais
que colocavam as suas espadas a serviço dos daimios.
– Entre os séculos XII e XIX, o
shogunato foi controlado por quatro famílias poderosas:
• Minamoto (1192-1225)
• Fujiwara (1225-1338)
• Ashikaga (1338-1603)
• Tokugawa (1603-1868)
– A partir de 1622, os Tokugawa
moveram dura perseguição ao cristianismo.
• Executaram milhares de cristãos
japoneses.
• Por um decreto de 1634 – proibiram
os japoneses de receberem portugueses ou espanhóis e manterem contato com o
exterior.
└ Pena de morte.
• A chegada de navios estrangeiros
devia ser informada a EDO (antigo nome de Tóquio) – sede do shogunato.
– Esse isolamento chamado Sakoku durou
mais de dois séculos – até que em 1854, a marinha norte-americana forçou o
Japão a abrir os seus portos.
• Logo depois foi obrigado a abrir os
seus portos também a Inglaterra, França, Rússia e Holanda.
– Isso enfraqueceu o shogunato e
fortaleceu seus opositores, que promoveram uma revolta, derrubaram o shogum e
entregaram o poder a um jovem imperador chamado Mutsuhito.
– Em 1868 – anunciou uma política de
modernização – absorver a tecnologia ocidental, sem abrir mão da cultura
tradicional japonesa = Era Meiji (luzes).
• Os japonese apropriaram-se do
conhecimento técnico ocidental e o aplicaram em múltiplas empresas estatais e
particulares e a fabricação de armas e navios.
└ Sob o lema: Fokoku kyohei = “um país
rico, um exército forte”.
– O Japão iniciou a arrancada
modernizadora.
• Aboliu as obrigações que passavam
sobre os camponeses.
• Revolucionou a educação.
└ Milhares de prédios escolares.
└ Ensino fundamental obrigatório.
└ Melhoramento do ensino médio e
universitário.
• Instituiu o Iene como moeda padrão.
• Construiu uma extensa malha
ferroviária.
• Desenvolveu a imprensa e o
telégrafo.
• Equipou e profissionalizou o
exército e a marinha.
– O governo de Mutsuhito investiu
também em grandes complexos industriais e depois transferiu a iniciativa
privada.
• Nasciam grandes conglomerados
econômicos – Zaibatsu.
– No último quartel do século XIX –
lançou-se à corrida imperialista.
– Em 1894 – o Japão provocou e venceu
uma guerra contra a China.
• Pelo tratado de paz – obrigou a
China a lhe pagar uma indenização alta – a reconhecer a independência da Coréia
e ceder-lhe a ilha de Formosa – também conhecida como Taiwan.
• Atacaram Port Arthur – fortaleza
controlada pelos russos na China = origem a Guerra Russo-Japonesa (1904).
└ Após esmagar a forças russas, o
Japão impôs um acordo pelo qual obtinha Port Arthur e transformava a região
chinesa da Manchúria em um protetorado japonês.
└ Cinco anos depois, o Japão anexou-a
à Coréia.
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