EEEFM
“Leopoldino Rocha”
Série: 8º
ano – Ensino Fundamental
Assunto:
O Processo de Independência do Brasil
Professor:
Dayvid Machado Fernandes – História.
O
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
→
Contestações
à ordem e liberalismos na colônia
−
Até a primeira década do século XVIII, a América Portuguesa não tinha unidade
política.
−
Portugal era um entreposto comercial importante – a economia de cada região da
América Portuguesa estava mais voltada para exportação.
•
Indústria açucareira – mineração – pecuária e agricultura de abastecimento.
•
A mão de obra escrava era a base da produção.
−
A relação entre a metrópole portuguesa e os habitantes da América foi marcada
por divergências.
−
Século XVIII – conflitos entre os colonos e a administração metropolitana – inconfidências.
− Influência das ideias iluministas
– Revolução Francesa.
− Causa – a cobrança de impostos
considerados abusivos.
• Principal imposto – Quinto Real –
20% do ouro retirado no ano.
• Em 1734, o governo português determinou
que quando o total (100 arrobas anuais) não fosse atingido os mineradores
deveriam completar, caso contrário seria decretado a Derrama.
− Século XVIII – Declínio da produção
mineradora – esgotamento das jazidas.
− Em 1785 – a Rainha Maria I proibiu o
funcionamento de fábricas de manufatura na colônia.
− Em 1788 – chegou à região o Visconde
de Barbacena (novo governador), para verificar por que a arrecadação de
ouro tinha diminuído.
• Também tinha como objetivo o combate a
sonegação e ao contrabando.
• Aplicar a derrama – prevista para
fevereiro de 1789.
→ Inicia a
conspiração – Inconfidência Mineira - Reuniões às escondidas.
−
Objetivos:
•
Depor o governador.
•
Promover a separação das Minas com relação a Portugal.
•
Instituir um governo autônomo.
−
Os planos foram descobertos
•
O dia da derrama foi suspenso
•
Os evolvidos foram presos e julgados - condenados a prisão ou ao exílio.
• O provável líder – O Alferes Joaquim
José da Silva Xavier (Tiradentes) – foi condenado a pena capital.
→
A Conjuração
Baiana (1798)
−
Foi a mais ampla e popular das rebeliões coloniais - dela participaram padres,
profissionais liberais (como médicos e advogados, alguns membros da elite
intelectual e, sobretudo, pessoas dos grupos mais pobres, como sapateiros,
ex-escravos, soldados e vários alfaiates.
•
Por isso também ficou conhecida como revolta dos alfaiates.
− Desde
a transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro, em 17763 -
Salvador vivia uma grave crise econômica, que empobreceu seus habitantes e
gerou protestos contra as tributações impostas pela metrópole.
soldados
e vários alfaiates.
•
Esse clima favoreceu a propagação dos ideais iluministas de liberdade,
igualdade e fraternidade, divulgados na Bahia por membros da maçonaria.
−
Liderados por João de Deus, Manuel Faustino dos Santos, Lucas Dantas e Luís
Gonzaga das Virgens, um grupo de populares passou a organizar a revolta.
Pregavam:
•
A proclamação de um governo republicano, democrático e livre de Portugal.
•
O fim da escravidão e dos preconceitos contra negros e mulatos.
•
A liberdade de comércio.
•
O aumento do salário dos soldados.
−
No dia 12 de agosto de 1798, os organizadores espalharam cartazes pela cidade
proclamando o início da rebelião.
−
Denunciados por traidores, os participantes abaram presos.
•
Os líderes foram condenados à morte por enforcamento, tendo seus corpos
esquartejados e espalhados pela cidade de Salvador.
•
Dezenas de outras pessoas que apoiavam o movimento acabaram presas, mas
sofreram penas menores, como prisão e degredo.
→
O período
Joanino: ruma a independência.
− Em
1806, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental.
• Portugal
entre o fogo cruzado entre a França e Inglaterra.
− A
fuga para a colônia
• A
saída ocorreu no dia 7 de novembro – escoltados por uma esquadra inglesa.
• Chegada
a Salvador, na Bahia – aconteceu em janeiro de 1808.
• Em
março de 1808 – a corte já estava no Rio de Janeiro, a nova sede do Império.
− A cidade do Rio de Janeiro sentiu bastante os
impostos desde a chegada da corte.
− Aumentou muito o contingente populacional urbano
num tempo muito curto.
• Consequências
nos setores de moradia, Higiene e saúde pública.
─ Houve
muitas mudanças políticas e administrativas.
• Instituição
de ministérios e de órgãos públicos.
• Construções
de escolas, universidades, teatro e biblioteca.
• Criação
do Banco do Brasil.
− 1808 – D. João assinou cartas de abertura
dos portos brasileiros para as “nações amigas”.
• Fim
do monopólio metropolitano.
─ Em
1810 – foram assinados Tratados de Aliança e Amizade, Comércio e Navegação
entre Portugal e Inglaterra.
• Produtos
ingleses pagariam 15% de tarifa para entrar no Brasil.
• 16%
para os produtos portugueses.
• 24%
para as outras nações.
• Os
produtos ingleses “abocanharam” o mercado consumidor brasileiro e deixaram os
comerciantes de outras nações em “maus lençóis”
→ De Colônia
a Reino Unido
─
Em 1815, com Napoleão derrotado,
os países se reuniram no Congresso de Viena para reorganizar a
política e o mapa da Europa.
• Não querendo voltar para Portugal de
imediato, D. João, elevou o Brasil à categoria de Reino – Que passou a se
chamar Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves.
• Com esse ato o Brasil deixava de ser uma
colônia.
─ As realizações de D. João no Brasil foram
saudadas por muitas pessoas, especialmente as do Rio de Janeiro - Tudo isso tinha
um custo: D. João VI alterou profundamente a cobrança de impostos no Brasil,
aumentando a lista de tributos e percentual da taxação.
→
A Revolução Pernambucana
─ Com a transferência a capital para o Rio
de Janeiro, os pernambucanos passaram a pagar mais impostos e não receberam
melhorias em sua região.
─ Estavam submetidos às decisões tomadas
pelos tribunais e conselhos instalados na capital.
─ A abertura os portos não foi aplicada a
Pernambuco.
• O comércio era dominado pelos
portugueses.
─ Os militares de origem brasileira se
sentiam excluídos das promoções de carreira, diante dos militares portugueses.
─ Em 1806, uma grande crise econômica
abateu sobre a região.
• A seca atingiu o algodão e a
cana-de-açúcar.
• O sentimento antilusitano e contrário a
D. João VI se alastrou e as ideias liberais foram retomadas.
─ A revolta eclodiu em 1817 e os
pernambucanos formaram um Governo Republicano, que não se submeteria a
D. João.
─ Foi organizada uma violenta repressão.
• Os comerciantes portugueses e vários proprietários
rurais de Pernambuco apoiaram a repressão.
• O movimento foi vencido – Todos os
líderes foram presos.
• Alguns exilados e outros, condenados a
morte.
→
De Reino Unido a Colônia, outra vez
─
Em Portugal as coisas não iam bem – a economia estava em queda desde a vinda da
família real para o Brasil – após a abertura dos portos para os ingleses.
─
Teve início o movimento liberal português, em agosto de 1820, na cidade do
Porto – Revolução Liberal do Porto.
•
Os revolucionários questionavam o abandono de Portugal pelo rei – exigiam a
volta de D. João e uma constituição, a ser elaborada pelas cortes.
•
Tinham a intenção de recolonizar o Brasil.
•
Muitas pessoas também no Brasil não estavam contentes com o governo de D. João.
─ Diante das pressões ele decide voltar em
abril de 1821 – deixando seu filho, D. Pedro, como regente do Reino do Brasil.
• D.
Pedro tinha poder de decisão sobre o governo, mas com a garantia de obediência
ao seu pai.
→ No Brasil, as
pessoas mais influentes tomaram partido e se agruparam em defesa da situação
que melhor atendesse aos seus interesses.
─ Os radicais
• Formado por setores médios urbanos das
maiores cidades.
• Defendia a implantação de um regime
republicano no país e a autonomia das províncias.
─ Os Portugueses
• Formado por comerciantes portugueses
radicados no Brasil.
• Defendia a obediência a todos as decisões
metropolitanas.
└ Recuperação dos privilégios perdidos com
a abertura dos portos em 1808.
─ Os Moderados
• Formado principalmente por grandes
proprietários de terras, comerciantes, altos funcionários públicos e militares
que haviam se beneficiado com a presença da Corte no Brasil.
• Defendiam uma posição moderada.
→ D. Pedro
procurava-se firmar como regente e resisti a atender à exigência de voltar para
Portugal.
─ O “Partido Brasileiro” – de posição
moderada procurou se aproximar do regente com a intenção de influenciá-lo.
• Foi entregue um abaixo assinado ao
príncipe, com cerca de 8 mil assinaturas, solicitando sua permanência no
Brasil.
└ D. Pedro atendeu a solicitação rompendo
com as decisões das cortes pela primeira vez – este dia foi chamado de “Dia
do Fico”.
• D. Pedro formou um ministério e colocou o
político José Bonifácio de Andrada e Silva como o seu principal
ministro.
• Determinou que as ordens portuguesas não
seriam cumpridas sem a sua concordância.
• Enviou emissários as províncias mais
distantes em busca de apoio das elites.
• Instituiu uma Assembleia Nacional
Constituinte em 1822.
• Enviou um comunicado as “nações amigas”,
solicitando o reconhecimento do Brasil, como nação independente.
• Uniu-se ao Partido Brasileiro.
→ No dia 7 de
setembro de 1822, recebeu um comunicado das cortes não reconhecendo a Assembleia
Nacional Constituinte e exigindo mais uma vez a sua volta.
─ De volta da visita a São Paulo, as
margens do rio Ipiranga, declarou o Brasil separado de Portugal.
─ Os comerciantes portugueses não aceitaram
a situação, por isso foi preciso usar a força para impor a independência.
• Somente em 1823, definiu-se a unidade
territorial do Império do Brasil.
• O
Brasil tornava-se um país independente, mas permanecia uma Monarquia, regida
pela Casa de Bragança em aliança com as elites brasileiras.
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