sábado, 25 de março de 2017

ESQUEMA 01 - 8º ANO - 2017

EEEFM “Leopoldino Rocha”
Série: 8º ano – Ensino Fundamental
Assunto:  O Processo de Independência do Brasil
Professor: Dayvid Machado Fernandes – História.

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Contestações à ordem e liberalismos na colônia
− Até a primeira década do século XVIII, a América Portuguesa não tinha unidade política.
− Portugal era um entreposto comercial importante – a economia de cada região da América Portuguesa estava mais voltada para exportação.
• Indústria açucareira – mineração – pecuária e agricultura de abastecimento.
• A mão de obra escrava era a base da produção.
− A relação entre a metrópole portuguesa e os habitantes da América foi marcada por divergências.
− Século XVIII – conflitos entre os colonos e a administração metropolitana – inconfidências.








A inconfidência Mineira
− Influência das ideias iluministas – Revolução Francesa.
− Causa – a cobrança de impostos considerados abusivos.
• Principal imposto – Quinto Real – 20% do ouro retirado no ano.
• Em 1734, o governo português determinou que quando o total (100 arrobas anuais) não fosse atingido os mineradores deveriam completar, caso contrário seria decretado a Derrama.
− Século XVIII – Declínio da produção mineradora – esgotamento das jazidas.
− Em 1785 – a Rainha Maria I proibiu o funcionamento de fábricas de manufatura na colônia.
− Em 1788 – chegou à região o Visconde de Barbacena (novo governador), para verificar por que a arrecadação de ouro tinha diminuído.
• Também tinha como objetivo o combate a sonegação e ao contrabando.
• Aplicar a derrama – prevista para fevereiro de 1789.
Inicia a conspiração – Inconfidência Mineira - Reuniões às escondidas.
− Objetivos:
• Depor o governador.
• Promover a separação das Minas com relação a Portugal.
• Instituir um governo autônomo.
− Os planos foram descobertos
• O dia da derrama foi suspenso
• Os evolvidos foram presos e julgados - condenados a prisão ou ao exílio.
• O provável líder – O Alferes Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) – foi condenado a pena capital.

A Conjuração Baiana (1798)
− Foi a mais ampla e popular das rebeliões coloniais - dela participaram padres, profissionais liberais (como médicos e advogados, alguns membros da elite intelectual e, sobretudo, pessoas dos grupos mais pobres, como sapateiros, ex-escravos, soldados e vários alfaiates.
• Por isso também ficou conhecida como revolta dos alfaiates.
− Desde a transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro, em 17763 - Salvador vivia uma grave crise econômica, que empobreceu seus habitantes e gerou protestos contra as tributações impostas pela metrópole.
soldados e vários alfaiates.
• Esse clima favoreceu a propagação dos ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade, divulgados na Bahia por membros da maçonaria.
− Liderados por João de Deus, Manuel Faustino dos Santos, Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens, um grupo de populares passou a organizar a revolta. Pregavam:
• A proclamação de um governo republicano, democrático e livre de Portugal.
• O fim da escravidão e dos preconceitos contra negros e mulatos.
• A liberdade de comércio.
• O aumento do salário dos soldados.
− No dia 12 de agosto de 1798, os organizadores espalharam cartazes pela cidade proclamando o início da rebelião.
− Denunciados por traidores, os participantes abaram presos.
• Os líderes foram condenados à morte por enforcamento, tendo seus corpos esquartejados e espalhados pela cidade de Salvador.
• Dezenas de outras pessoas que apoiavam o movimento acabaram presas, mas sofreram penas menores, como prisão e degredo.

O período Joanino: ruma a independência.
− Em 1806, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental.
• Portugal entre o fogo cruzado entre a França e Inglaterra.
− A fuga para a colônia
• A saída ocorreu no dia 7 de novembro – escoltados por uma esquadra inglesa.
• Chegada a Salvador, na Bahia – aconteceu em janeiro de 1808.
• Em março de 1808 – a corte já estava no Rio de Janeiro, a nova sede do Império.
−  A cidade do Rio de Janeiro sentiu bastante os impostos desde a chegada da corte.
−  Aumentou muito o contingente populacional urbano num tempo muito curto.
• Consequências nos setores de moradia, Higiene e saúde pública.
─ Houve muitas mudanças políticas e administrativas.
• Instituição de ministérios e de órgãos públicos.
• Construções de escolas, universidades, teatro e biblioteca.
• Criação do Banco do Brasil.
−  1808 – D. João assinou cartas de abertura dos portos brasileiros para as “nações amigas”.
• Fim do monopólio metropolitano.
─ Em 1810 – foram assinados Tratados de Aliança e Amizade, Comércio e Navegação entre Portugal e Inglaterra.
• Produtos ingleses pagariam 15% de tarifa para entrar no Brasil.
• 16% para os produtos portugueses.
• 24% para as outras nações.
• Os produtos ingleses “abocanharam” o mercado consumidor brasileiro e deixaram os comerciantes de outras nações em “maus lençóis”

  De Colônia a Reino Unido
─ Em 1815, com Napoleão derrotado,  os países se reuniram no Congresso de Viena para reorganizar a política e o mapa da Europa.
• Não querendo voltar para Portugal de imediato, D. João, elevou o Brasil à categoria de Reino – Que passou a se chamar Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves.
• Com esse ato o Brasil deixava de ser uma colônia.
─ As realizações de D. João no Brasil foram saudadas por muitas pessoas, especialmente as do Rio de Janeiro - Tudo isso tinha um custo: D. João VI alterou profundamente a cobrança de impostos no Brasil, aumentando a lista de tributos e percentual da taxação.

A Revolução Pernambucana
─ Com a transferência a capital para o Rio de Janeiro, os pernambucanos passaram a pagar mais impostos e não receberam melhorias em sua região.
─ Estavam submetidos às decisões tomadas pelos tribunais e conselhos instalados na capital.
─ A abertura os portos não foi aplicada a Pernambuco.
• O comércio era dominado pelos portugueses.
─ Os militares de origem brasileira se sentiam excluídos das promoções de carreira, diante dos militares portugueses.
─ Em 1806, uma grande crise econômica abateu sobre a região.
• A seca atingiu o algodão e a cana-de-açúcar.
• O sentimento antilusitano e contrário a D. João VI se alastrou e as ideias liberais foram retomadas.
─ A revolta eclodiu em 1817 e os pernambucanos formaram um Governo Republicano, que não se submeteria a D. João.
─ Foi organizada uma violenta repressão.
• Os comerciantes portugueses e vários proprietários rurais de Pernambuco apoiaram a repressão.
• O movimento foi vencido – Todos os líderes foram presos.
• Alguns exilados e outros, condenados a morte.

De Reino Unido a Colônia, outra vez
─ Em Portugal as coisas não iam bem – a economia estava em queda desde a vinda da família real para o Brasil – após a abertura dos portos para os ingleses.
─ Teve início o movimento liberal português, em agosto de 1820, na cidade do Porto – Revolução Liberal do Porto.
• Os revolucionários questionavam o abandono de Portugal pelo rei – exigiam a volta de D. João e uma constituição, a ser elaborada pelas cortes.
• Tinham a intenção de recolonizar o Brasil.
• Muitas pessoas também no Brasil não estavam contentes com o governo de D. João.
─   Diante das pressões ele decide voltar em abril de 1821 – deixando seu filho, D. Pedro, como regente do Reino do Brasil.
• D. Pedro tinha poder de decisão sobre o governo, mas com a garantia de obediência ao seu pai.
No Brasil, as pessoas mais influentes tomaram partido e se agruparam em defesa da situação que melhor atendesse aos seus interesses.
─ Os radicais
• Formado por setores médios urbanos das maiores cidades.
• Defendia a implantação de um regime republicano no país e a autonomia das províncias.
─ Os Portugueses
• Formado por comerciantes portugueses radicados no Brasil.
• Defendia a obediência a todos as decisões metropolitanas.
└ Recuperação dos privilégios perdidos com a abertura dos portos em 1808.
─ Os Moderados
• Formado principalmente por grandes proprietários de terras, comerciantes, altos funcionários públicos e militares que haviam se beneficiado com a presença da Corte no Brasil.
• Defendiam uma posição moderada.
D. Pedro procurava-se firmar como regente e resisti a atender à exigência de voltar para Portugal.
─ O “Partido Brasileiro” – de posição moderada procurou se aproximar do regente com a intenção de influenciá-lo.
• Foi entregue um abaixo assinado ao príncipe, com cerca de 8 mil assinaturas, solicitando sua permanência no Brasil.
└ D. Pedro atendeu a solicitação rompendo com as decisões das cortes pela primeira vez – este dia foi chamado de “Dia do Fico”.
• D. Pedro formou um ministério e colocou o político José Bonifácio de Andrada e Silva como o seu principal ministro.
• Determinou que as ordens portuguesas não seriam cumpridas sem a sua concordância.
• Enviou emissários as províncias mais distantes em busca de apoio das elites.
• Instituiu uma Assembleia Nacional Constituinte em 1822.
• Enviou um comunicado as “nações amigas”, solicitando o reconhecimento do Brasil, como nação independente.
• Uniu-se ao Partido Brasileiro.
No dia 7 de setembro de 1822, recebeu um comunicado das cortes não reconhecendo a Assembleia Nacional Constituinte e exigindo mais uma vez a sua volta.
─ De volta da visita a São Paulo, as margens do rio Ipiranga, declarou o Brasil separado de Portugal.
─ Os comerciantes portugueses não aceitaram a situação, por isso foi preciso usar a força para impor a independência.
• Somente em 1823, definiu-se a unidade territorial do Império do Brasil.
• O Brasil tornava-se um país independente, mas permanecia uma Monarquia, regida pela Casa de Bragança em aliança com as elites brasileiras.

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