CAPÍTULO 02: MERCADO,
RIQUEZA E AS TÉCNICAS DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL.
→ Revoluções comerciais: Mercado local e
mercado global.
- Séculos XI e XIII – A Europa passou por
transformações no setor produtivo e nas relações sociais = Revolução comercial.
• Houve maior mobilidade e circulação de
mercadorias.
└ Mais possibilidade de acumulação de
riquezas.
→A Revolução Comercial na Idade Média
- As Cruzadas – Expedições planejadas
pela Igreja católica para conquistar a Terra Santa.
• As
expedições foram muito importantes para fomentar as atividades comerciais.
└ Especiarias
└ Rotas
comerciais marítimas.
└ Aumento
da produção e circulação de mercadoria na Europa.
└ Crescimento
da produção agrícola.
- Muitos
camponeses saíram de seus feudos em busca de novas terras para o cultivo = Roturação.
- Desenvolvimento
das cidades – (Entre o século XII e o início do XVI) = Renascimento Urbano.
• Relações
mais livres, sem a existência de laços de vassalagem.
• Desenvolvimento
de novos ofícios urbanos – atividades artesanais e manufatureiras.
└ Instituição
dos mercados locais.
− Relação
entre o mundo feudo e o mundo cidade.
• Troca
de excedentes.
└ Relação
de dependência entre campo e cidade.
• Começaram
a ser criadas as rotas comerciais entre as cidades.
• Multiplicaram-se
os pontos de troca e venda = Feiras.
→ A
crise econômica social: a decadência
do feudalismo (século XV).
− Ao
final do século XIII - os solos se esgotavam.
− Pouca
disponibilidade de terras incultas (sem cultivo).
− As
técnicas de cultivo não avançaram o suficiente para acompanhar o crescimento da
população.
− Entre
1315 e 1317 – a Europa sofreu com uma alteração
climática que afetou as colheitas.
• Enchentes
terríveis
• Por
3 anos os camponeses comeram os grãos separados como sementes = fome,
desnutrição e fraqueza = disseminação de epidemias (as condições de higiene
eram precárias).
− A peste negra no século XIV.
− A Guerra dos Cem Anos (1337 a
1453) – França X Inglaterra.
• Disputa
pela região de Flandres – rica pelo seu comércio.
→ A
construção do mercado global:
uma lenta revolução comercial.
− O
processo de internacionalização da
economia – início do século XVI – as rotas marítimas.
• Grandes navegações – colonização
da América e África (século XV – XX) – Os europeus alargaram suas fronteiras, relações
comerciais e capacidade produtiva.
• Avanços
Tecnológicos – Industrialização – Transações comerciais (importação e
exportação).
• A
economia nacional de uns países passou a depender de outros.
• Na
medida em que a economia passou a ser mediada pelos governos que administram a
riqueza dos países e composta por grandes empresas identificadas com seus
países de origem, pode-se falar em internacionalização
a economia.
− A Globalização – surgiu no
século XX e significa a integração do espaço mundial em uma rede de relações.
• Circulação
intensa de mercadorias, informações, serviços e tecnologia.
Exemplo: A
pessoa pode comprar um produto internacional sem ser preciso sair de casa ou
usar cédulas ou moedas.
• A economia globalizada é chamada de Transnacional, ou seja, vai além
da nacional.
• A
globalização é um grande mercado em que as
fronteiras se dissolvem e a presença física nem sempre é necessária para
que haja trocas.
• Há
um pequeno número de países de economia mais forte, que ocupam um lugar de
destaque no mercado global e que ditam as regras de seu funcionamento.
• Os
efeitos sociais da globalização muitas vezes geram a desigualdade extrema.
→ Mercadores,
banqueiros e burgueses: o mundo dos negócios ontem e hoje.
• A
economia foi prioritariamente agrária até o século XV.
− Os
mercadores – esses enfrentavam uma série de problemas pelo comércio (lucro).
• Rotas terrestres – pagamento de
altos tributos aos proprietários dos territórios por onde passavam.
• Rotas Marítimas – as
mercadorias, muitas vezes, eram produtos de guerras e saques, e os mercadores
que se dispunham a buscá-las colocavam em risco a sua própria vida.
− No
século III, boa parte dos mercadores itinerantes já buscava fixar suas
atividades pelo maior tempo possível – feiras
de comércio.
• Intensificação
das trocas de mercadorias por moedas e das relações de câmbio.
− Como
as cidades eram chamadas de burgos,
seus moradores ficaram conhecidos como burgueses.
• Não
se encaixavam na estrutura social idealizada pela igreja e pela nobreza
medievais.
└ Não
eram nobres, não eram servos, não eram clérigos.
└ Eram
citadinos livres, que, em grande medida, punham em dúvida os valores cristãos
pregados naqueles tempos.
→ Os
métodos de acumulação e o problema da consciência cristã.
− Economia
de mercado - além das trocas de mercadorias.
• Banqueiros.
• Instrumentos
que desenvolveram para realizar as suas operações financeiras:
└ A letra
de câmbio
└ O seguro
→ Mercadores,
banqueiros, e burgueses no mundo do capital.
− Se
os burgueses eram uma categoria nova e estranha aos velhos valores da
sociedade feudal.
− Se
os mercadores desenvolveram seu ofício em paralelo à atividade agrícola,
majoritária.
− Se
os banqueiros eram condenados ali pelo pecado a usura.
• A
situação desses três sujeitos históricos mudou bastante ao longo dos tempos do
capitalismo.
└ Além
de fomentar negócios para os governos, os burgueses passaram a fazer parte da
administração de boa parte dos Estados nacionais, a partir do século XVI.
└ Nos
lugares onde não conseguiram um poder político correspondente ao seu poder
econômico, desenvolveram uma ação transformadora das bases do Estado,
promovendo revoluções e assumindo o poder, efetivamente, até o século
XIX.
└ Em
meados deste século, quando se falava de burguesia, já não era para se referir
a uma classe sem lugar na sociedade, que precisava negociar com os interesses
da igreja e dos senhores feudais. Era, sim, para se referir a uma classe dominante, que submetia
outras a seus interesses de lucros e poder político.
└ No
que se refere aos mercadores e banqueiros, sua atividade deixou de ser
condenada pela sociedade.
└ Em
tempos de acumulação de riquezas para o reinvestimento na produção, e de fomento
do lucro, as operações financeiras e as trocas comerciais de grande alcance
transformaram-se na base das novas estruturas sociais.
└ Os
mercadores construíram uma nova lógica, a da economia de mercado, que
virou dominante.
└ Suas
atividades passaram a se desenvolver de forma intercontinental.
└ Já
no século XIX, a formação de cartéis
não era uma exceção, mas a regra do mercado.
└ Sua
atividade foi ficando cada vez mais dependente das atividades bancárias, que
não apenas cresceu, mas tomou dimensões internacionais e, atualmente, globais.
└ As
atividades bancárias perderam as características individuais e regionais com
que foram concebidas na Idade Média – Atualmente, ganharam proporções globais
em um mercado que une todo o mundo.
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