terça-feira, 8 de março de 2016

ESQUEMA 04 - 3º AN0 - 2016

EEEFM “Professora Filomena Quitiba”
Série: 3ª série – Ensino Médio
Assunto: A Formação do Estado Moderno
Professor: Dayvid Machado Fernandes – História

O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER: FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS

A FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO
Qual a origem dos poderes do rei?
− Na Idade Média – poder dividido – rei / Igreja / senhores feudais (autonomia – descentralização – suserania e vassalagem).
− Final da Idade Média = revoltas sociais (Jacqueries) + conflitos religiosos (reformas protestantes) = situação de insegurança (clero e nobreza) = fortalecimento do poder político central (do rei), na Idade Moderna.
− Interesse da burguesia em diminuir o poder da nobreza - desenvolvimento do comércio = apoio financeiro a política de centralização.
− No decorrer do processo de formação do Estado moderno, destacaram-se algumas monarquias nacionais, como: Portugal (D. João I [1357-1433], dinastia de Avis, início no ano de 1385); França (Carlos VIII [1470-1498], de 1483- 1498); Espanha (do casamento do rei de Aragão, Fernando II [1452- 1516], com a rainha de Castela, Isabel [1451-1504], em 1469).
− Destes Estados modernos, deu-se a origem das monarquias absolutistas:
• Governo centralizado, monopólio da justiça.
• Unificação das moedas, impostos, pesos e medidas.
• Leis nacionais
• Exército próprio (nacional)
• Território nacional

Teóricos do Estado Nacional Absolutista
Nicolau Maquiavel (1469-1527), em sua obra O príncipe (1513):
• Procurou demonstrar como um soberano deveria agir e que recursos deveria empregar para conquistar e manter o poder.
Thomas Hobbes (1588-1679), em sua obra Leviatã (1651):
• Afirmava que o poder absoluto do rei derivava de um “contrato social” que os homens teriam feito com os soberanos para preservação de suas vidas;
Jacques Bossuet (1627-1704), em sua obra Política tirada da Sagrada Escritura (1709):
• Argumentava que o poder do rei provinha de Deus e por isso era incontestável (teoria divina do poder real).


Do Estado Absolutista ao Estado-nação
− A medida que o capitalismo deixava de ser comercial e passava para o industrial, a burguesia questionou o papel do Estado Absolutista.
− Com a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, a burguesia efetivou seu domínio sobre o poder econômico - com o intuito de defender seus interesses, aliou-se aos trabalhadores com o objetivo de colocar fim no governo absolutista e participar de maneira mais efetiva do poder político.
• Na França, em 1789, após o fim da Monarquia Absolutista, surgiu um novo modelo de Estado, que reuniu os princípios dos sistemas representativos através de uma constituição.
└ Desta forma, o Estado-nação partiu do princípio de ser um Estado “autônomo”, que supunha ser neutro, sem interesse de nenhum grupo social.
└ Também era proposta a igualdade política dos cidadãos (embora, depois da Revolução Francesa na Europa, o direito de voto tenha sido restringido pela renda dos indivíduos).
• Estado inglês (final do século XVII), o sistema parlamentar possibilitou a unificação dos interesses dos grupos dominantes: clero, nobreza e burguesia, incluindo as classes altas escocesas.

Teóricos do Estado-nação
Jonh Locke (1632 – 1704) - defendia a garantia dos direitos de um povo (proteção da vida, da liberdade e da propriedade). Para ele, esses direitos deviam ser prioridade de um governo, e se os governantes não pudessem, ou não quisessem respeitar esses direitos, o povo poderia derrubá-los e substituí-los por alguém melhor.
Barão de Montesquieu (1689 – 1755) - formulou os princípios básicos para que governos tirânicos fossem evitados. Para isso, defendeu a separação da máquina política em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) - todos os homens nascem livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem. Também argumentava que o homem é produto do meio, ou seja, nascemos bons por natureza e somos corrompidos pela sociedade ao longo de nossas vidas. Em seu livro Do contrato social (1762), defendia uma sociedade democrática, baseada na igualdade entre os indivíduos, “a vontade geral”.

Independência do Brasil e a formação do Estado nacional
− A independência do Brasil, em 1822, foi articulada por grupos sociais dominantes – não houve participação decisiva neste processo das camadas populares – pois isso implicaria também em mudanças sociais.
• O sistema de governo monárquico e a escravidão foram mantidos.
− As elites brasileiras estavam divididas:
• Corrente Liberal – ligada ao pensamento de Rousseau – defendia a soberania popular, a expressão democrática (direito de voto) e uma constituição.
• Conservadores – defendia a monarquia absolutista (o imperador) como legitimidade do Estado brasileiro.
− Na elaboração da primeira constituição do Brasil em 1823 – alguns deputados liberais pressionaram o imperador D. Pedro I (1798 – 1834) para que os poderes executivo, legislativo e o judiciário fossem organizados de forma democrática.
• A Reação do imperador foi a dissolução da Assembleia Constituinte em 12 de novembro de 1823, a prisão e a expulsão daqueles que resistiram a essa ordem.
• O Imperador nomeou um conselho de Estado que redigiu a Constituição de 1824 – a qual foi imposta à nação brasileira.
└ Essa constituição criou o poder moderador – o imperador podia nomear os senadores, convocar eleições e dissolver o Parlamento, indicar e remover juízes, de forma contraditória a uma monarquia constitucional.
└ Instituição do voto censitário.
 − A imposição da Constituição de 1824 gerou protestos principalmente nas províncias do nordeste (Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba) – se rebelaram e formaram a Confederação do Equador – Proclamando, em 1824, uma república independente.

A construção da ideia da nação brasileira
− Após a Independência, a formação do Estado brasileiro procurou vincular a ideia de nação com o objetivo de garantir a unidade nacional.
• Desenvolveu-se a ideia do “caráter nacional” e da “identidade nacional”, forjando um modelo de nacionalidade.

Símbolos nacionais brasileiros
− No decorrer do processo de construção do Estado-nação brasileiro, nos séculos XIX e XX, os símbolos nacionais e a representação dos heróis nacionais, como Tiradentes, foram instrumentos importantes na busca da unidade nacional, os quais representavam à ideia de pertencer a uma pátria ou nação, mantendo o sentimento de “identidade nacional” do povo brasileiro.

• Entre os símbolos nacionais, destacam-se: O Hino da independência, o Hino Nacional Brasileiro, a Bandeira Nacional, o Brasão Nacional, etc.

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