Série: 3ª
série – Ensino Médio
Assunto: A Formação do Estado Moderno
Professor:
Dayvid Machado Fernandes – História
O
ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER: FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS
A
FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO
→
Qual a origem dos poderes do rei?
− Na Idade Média – poder dividido – rei / Igreja / senhores
feudais (autonomia – descentralização – suserania e vassalagem).
− Final da Idade Média = revoltas sociais (Jacqueries) + conflitos religiosos (reformas
protestantes) = situação de insegurança (clero e nobreza) = fortalecimento do
poder político central (do rei), na Idade Moderna.
− Interesse da burguesia em diminuir o poder da nobreza -
desenvolvimento do comércio = apoio financeiro a política de centralização.
− No decorrer do processo de formação do Estado moderno,
destacaram-se algumas monarquias nacionais, como: Portugal (D. João I
[1357-1433], dinastia de Avis, início no ano de 1385); França (Carlos VIII
[1470-1498], de 1483- 1498); Espanha (do casamento do rei de Aragão, Fernando
II [1452- 1516], com a rainha de Castela, Isabel [1451-1504], em 1469).
− Destes Estados modernos, deu-se a origem das monarquias
absolutistas:
• Governo
centralizado, monopólio da justiça.
• Unificação das
moedas, impostos, pesos e medidas.
• Leis nacionais
• Exército próprio
(nacional)
• Território
nacional
→ Teóricos do Estado
Nacional Absolutista
− Nicolau Maquiavel
(1469-1527), em sua obra O príncipe (1513):
• Procurou demonstrar como um soberano deveria agir e que
recursos deveria empregar para conquistar e manter o poder.
− Thomas Hobbes
(1588-1679), em sua obra Leviatã (1651):
• Afirmava que o poder absoluto do rei derivava de um
“contrato social” que os homens teriam feito com os soberanos para preservação
de suas vidas;
− Jacques Bossuet
(1627-1704), em sua obra Política tirada da Sagrada Escritura (1709):
• Argumentava que o poder do rei provinha de Deus e por isso
era incontestável (teoria divina do poder real).
→ Do Estado
Absolutista ao Estado-nação
− A medida que o capitalismo deixava de ser comercial e
passava para o industrial, a burguesia questionou o papel do Estado Absolutista.
− Com a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, a
burguesia efetivou seu domínio sobre o poder econômico - com o intuito de
defender seus interesses, aliou-se aos trabalhadores com o objetivo de colocar
fim no governo absolutista e participar de maneira mais efetiva do poder
político.
• Na França, em 1789, após o fim da Monarquia Absolutista,
surgiu um novo modelo de Estado, que reuniu os princípios dos sistemas
representativos através de uma constituição.
└ Desta forma, o Estado-nação partiu do princípio de ser um
Estado “autônomo”, que supunha ser neutro, sem interesse de nenhum grupo social.
└ Também era proposta a igualdade política dos cidadãos
(embora, depois da Revolução Francesa na Europa, o direito de voto tenha sido
restringido pela renda dos indivíduos).
• Estado inglês (final do século XVII), o sistema
parlamentar possibilitou a unificação dos interesses dos grupos dominantes:
clero, nobreza e burguesia, incluindo as classes altas escocesas.
→ Teóricos do
Estado-nação
− Jonh Locke
(1632 – 1704) - defendia a garantia
dos direitos de um povo (proteção da vida, da liberdade e da propriedade). Para
ele, esses direitos deviam ser prioridade de um governo, e se os governantes
não pudessem, ou não quisessem respeitar esses direitos, o povo poderia
derrubá-los e substituí-los por alguém melhor.
− Barão de
Montesquieu (1689 – 1755) - formulou os princípios básicos para que
governos tirânicos fossem evitados. Para isso, defendeu a separação da máquina
política em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
− Jean-Jacques
Rousseau (1712 – 1778) - todos os homens nascem livres, e a liberdade faz
parte da natureza do homem. Também argumentava que o homem é produto do meio,
ou seja, nascemos bons por natureza e somos corrompidos pela sociedade ao longo
de nossas vidas. Em seu livro Do contrato social (1762), defendia uma sociedade
democrática, baseada na igualdade entre os indivíduos, “a vontade geral”.
→ Independência do
Brasil e a formação do Estado nacional
− A independência
do Brasil, em 1822, foi articulada por grupos sociais dominantes – não houve
participação decisiva neste processo das camadas populares – pois isso
implicaria também em mudanças sociais.
• O sistema de
governo monárquico e a escravidão foram mantidos.
− As elites
brasileiras estavam divididas:
• Corrente Liberal
– ligada ao pensamento de Rousseau – defendia a soberania popular, a expressão
democrática (direito de voto) e uma constituição.
• Conservadores –
defendia a monarquia absolutista (o imperador) como legitimidade do Estado
brasileiro.
− Na elaboração da
primeira constituição do Brasil em 1823 – alguns deputados liberais
pressionaram o imperador D. Pedro I (1798 – 1834) para que os poderes
executivo, legislativo e o judiciário fossem organizados de forma democrática.
• A Reação do
imperador foi a dissolução da Assembleia Constituinte em 12 de novembro de
1823, a prisão e a expulsão daqueles que resistiram a essa ordem.
• O Imperador
nomeou um conselho de Estado que redigiu a Constituição de 1824 – a qual foi
imposta à nação brasileira.
└ Essa constituição
criou o poder moderador – o imperador podia nomear os senadores, convocar
eleições e dissolver o Parlamento, indicar e remover juízes, de forma
contraditória a uma monarquia constitucional.
└ Instituição do
voto censitário.
− A imposição da Constituição de 1824 gerou
protestos principalmente nas províncias do nordeste (Pernambuco, Rio Grande do
Norte, Ceará e Paraíba) – se rebelaram e formaram a Confederação do Equador –
Proclamando, em 1824, uma república independente.
→ A construção da
ideia da nação brasileira
− Após a
Independência, a formação do Estado brasileiro procurou vincular a ideia de
nação com o objetivo de garantir a unidade nacional.
• Desenvolveu-se a
ideia do “caráter nacional” e da “identidade nacional”, forjando um modelo de
nacionalidade.
→ Símbolos nacionais
brasileiros
− No decorrer do processo
de construção do Estado-nação brasileiro, nos séculos XIX e XX, os símbolos
nacionais e a representação dos heróis nacionais, como Tiradentes, foram
instrumentos importantes na busca da unidade nacional, os quais representavam à
ideia de pertencer a uma pátria ou nação, mantendo o sentimento de “identidade
nacional” do povo brasileiro.
• Entre os símbolos
nacionais, destacam-se: O Hino da independência, o Hino Nacional Brasileiro, a
Bandeira Nacional, o Brasão Nacional, etc.
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