quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Aula diagnóstica - Esquema de estudo para revisão de conteúdo



OS CAMINHOS DA POLÍTICA IMPERIAL BRASILEIRA: DA REGÊNCIA A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

→ O Período Regencial.
− Abdicação de D. Pedro I.
− Fragmentação das forças políticas responsáveis pela saída do imperador.
Liberais exaltados e farroupilhas - defendiam a transformação das instituições.
Jurujubas – Defendiam a luta armada para se chegar a transformação.
Caramurus – Ala mais reacionária da sociedade – sociedade conservadora – lutaram até a morte de D. Pedro I (1834) por sua volta.
Chimangos – defensores da liberdade e da independência nacional – ficavam no centro, entre os liberais e os conservadores.
− Após a morte de D. Pedro I os caramurus ou restauradores, unira-se aos chimangos = PARTIDO CONSERVADOR.
− Parte dos chimangos uniu-se aos farroupilhas = PARTIDO LIBERAL.

“Nada mais parecido a um saquarema (conservador) do que um Luzia (liberal) no poder”.

→ Regência Trina Provisória
→ Regência Trina Permanente
− Empossou Diogo Antônio Feijó – Ministério da Justiça.
− Criação da Guarda Nacional – agosto 1831 – figura do coronel.
→ O Código do Processo Criminal de 1832 e o Ato Adicional de 1834.
O Código do Processo Criminal reforçava e ampliava as atribuições judiciais e policiais dos juízes de paz = fortalecimento do poder local.
Ato Adicional = reformas da constituição de 1824.
• Criação das Assembleias Legislativas Provinciais.
• Governo de um regente na menoridade do Imperador.
• Supressão do Conselho de Estado.
• Manutenção do poder moderador.
• Vitaliciedade do senado.
→ As revoltas regenciais
− As elites proprietárias tentaram manter o controle político da nação – centralização do poder (desigualdades) = eclosão das revoltas populares.
Farroupilha ou Guerra dos Farrapos – Rio Grande do Sul.
• Dedicados a venda do charque, couro e gado.
• O governo brasileiro forçava a baixa dos preços do charque, comprando do Uruguai e da Argentina + cobrança de altos impostos.
• Eram contra a nomeação direta dos presidentes de províncias e dos funcionários locais pelo poder central.
• Iniciaram um movimento em 1835.
• Setembro de 1836 – proclamaram a República Rio-Grandense – sede da Vila de Piratini.
• 1839 – A revolta estendeu-se a Santa Catarina – foi proclamada a Republica Catarinense = República Juliana.
• A grande questão era a defesa do federalismo, a autonomia política e administrativa da província.
Após dez anos de resistência, os farrapos foram dominados – 1845.
• Conseguiram um acordo de paz favorável.
└ Anistia dos revoltosos.
└ Incorporação dos oficiais farroupilhas ao exército brasileiro.
└ Diminuição dos impostos.
└ Devolução das terras confiscadas durante a guerra.
└ Fortalecimento da Assembleia Local.
− Cabanagem – Província do Pará
• Luta entre as facções políticas locais – isolamento e pobreza da população = levantes.
• 1832 – revolta liderada pelo Padre Batista Campos – insatisfação da população com as autoridades nomeadas pelo poder central.
• Dezembro de 1833 – Bernardo Lobo de Souza (Presidente enviado pelo Governo Central) – iniciou uma política extremamente repressora.
└ Perseguiu, prendeu e deportou todos os suspeitos e líderes da revolta de 1832 – causou a indignação geral da província.
• A revolta assumiu caráter popular e radical = revoltosos (cabanos).
• Líderes da revolta: Os irmãos Vinagre e o seringueiro Eduardo Angelim.
• 1835 – Os cabanos ocuparam Belém.
└ Prenderam e executaram o presidente da província – Félix Antônio Malcher assumiu a presidência do Pará e os cabanos passaram a exercer o governo local.
• As dissidências entre os líderes.
└ Malcher e as elites não concordavam com o caráter violente do movimento da facção popular do movimento – declararam fiéis ao imperador – passaram a reprimir os manifestantes mais radicais.
• A fúria dos cabanos – Malcher foi deposto, executado e substituído por Francisco Vinagre (que acabou também negociando com as autoridades centrais).
• Foi empreendida uma ação repressora sob o comando do almirante Inglês Taylor = derrota dos cabanos.
• Logo após se recuperarem da derrota os cabanos atacaram Belém e retomaram o poder – Eduardo Angelim foi escolhido para chefiar o governo.
└ Ficaram no poder durante dez meses – o movimento já estava desgastado devido às dissidências internas e a repressão regencial.
• De 1836 a 1839 lutaram, mais acabaram por perecer frente as tropas governamentais.
− Balaiada – Maranhão – Dezembro de 1838.
− Liderada pelos liberais maranhenses – bem-te-vis – contrários aos abusos da oligarquia local, ao governo conservador exercido por Vicente Camargo e a Lei dos Prefeitos.
• A revolta iniciou-se na Vila de Manga e se estendeu ao Ceará, ao Piauí e a todo Maranhão.
• Os rebeldes chegaram a tomar a Vila de Caxias.
└ As tropas do governo (comando de Luís Alves de Lima e Silva) sufocaram o movimento após dois anos de lutas sangrentas.
• Dois líderes se destacaram na revolta.
└ O ex-escravo Cosme Bento das chagas (Dom Bento das Chagas).
└ Manuel dos Anjos Ferreira (Balaio) – fabricante de balaio.
• O governo deu anistia a todos que combatessem Bento das Chagas = divisão dos revoltosos.
•A revolta encerrou-se em 1841.
└ Cosme Bento foi condenado à morte na forca – 1842.
Sabinada – Bahia – final  de 1837  e início de 1838.
• Os revoltosos, liberais exaltados desejavam tornar a província independente até que o Imperador atingisse a maioridade.
• Revolta de caráter urbano – o movimento envolveu profissionais liberais – funcionários públicos – pequenos comerciantes – artesãos – militares (descontentes com o baixo soldo) e promoções dos indivíduos de famílias privilegiadas.
• Foi prevista a instalação de uma Assembleia e a libertação dos escravos nascidos no Brasil que aderissem à revolta.
• Líderes em destaque
└ Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira (médico) – responsável pela proclamação da República Baiense – novembro de 1837.
└ Inocêncio da Rocha Galvão – Advogado exilado nos EUA – foi nomeado Presidente.
└ O Bacharel João Carneiro da Silva Rego – Vice.
└ Francisco Sabino – Secretaria do Governo.
• O movimento se radicalizou assumindo um caráter social.
└ Ricos brancos – mestiços X pobres negros – Mestiços.
└ O enfrentamento foi evitado pelo ataque das tropas do Governo Central.
A Revolta dos Malês - Bahia – 1835.
• Situação social extremamente tensa.
└ Metade da população era formada por negros – 80% negros de ganho (alfaiates, carpinteiros, vendedores ambulantes).
└ Grande parte de cultura islâmica – Malê = negro que sabia ler e escrever em árabe.
└ Péssimas condições de vida = revolta.
• Objetivo da revolta: libertar os negros e massacrar os brancos e mulatos (considerados traidores).
• A rebelião marcada para o dia 25 de janeiro foi denunciada.
└ As tropas foram mobilizadas e os principais líderes foram presos – derrotados devido o aparato bélico superior (governo).
└ Vários foram presos e torturados até a morte – outros julgados (18 condenados a morte, 32 a penas que iam de dois anos de prisão até as Galés perpétuas e 11 sentenciados a açoite).
→ O Regresso
− 1835 – houve eleição – Diogo Feijó (apoiado pelos Liberais Moderados) – eleito Regente Uno.
• Defendia um poder mais forte do executivo.
• Sua regência foi um período muito turbulento – agravado pelo seu autoritarismo.
• Em razão das pressões adversárias – renunciou em 19 de setembro de 1837.
− 1838 – O cargo de regente foi ocupado por Pedro de Araújo Lima – muito ligado a Bernardo Pereira de Vasconcelos (que iniciou uma reação conservadora – conhecida como Regresso – consolidou o Partido Conservador).
− Os regressistas temiam a desorganização e a anarquia – resultado do excesso de liberdade – Ato adicional de 1834.
− Defendiam a volta da centralização.
− Entre 1838 e 1842 – O Código do Processo Criminal foi reformado e o Ato Adicional de 1834 reinterpretado (Lei de Interpretação do Ato Adicional).
• Foram implantadas medidas centralizadoras para devolver o poder ao Governo Central.
• Atribuições das Assembleias Legislativas Provinciais foram restringidas.
• A Câmara dos Deputados e o Senado voltaram a ser os únicos órgãos com poder de votar leis para o país, para as províncias e para os municípios.
• O Conselho de Estado foi restaurado.
• As competências, inclusive as policiais, dos Juízes de Paz foram retiradas.
• O caráter eletivo do sistema judicial foi substituído pela escolha do poder central.
− Em 1840 – foi aprovada a antecipação da maioridade de D. Pedro de Alcântara – golpe dos Progressistas contra o governo dos Regressistas.
• Achavam que poderiam influenciar D. Pedro se o levassem ao trono.
   O Segundo Reinado
− 23 de julho de 1840 – com quase 15 anos – D. Pedro entra no poder.
− Os Liberais voltam ao governo – por pouco tempo.
• 1841 – cai o ministério composto pelos Liberais e forma-se outro Conservador.
− Inconformados os Liberais pegam em armas – Movimentos Liberais de 1842 – (São Paulo e Minas Gerais).
− Acabaram derrotados pelo Duque de Caxias.
− No Segundo Reinado a centralização além de política (Poder Moderador) também era administrativa.
• A justiça era centralizada nas mãos do Ministro da Justiça.
└ Nomeava e demitia, direta ou indiretamente, desde o Ministro do Supremo Tribunal de Justiça até um simples guarda de prisão.
└ Responsável pela nomeação de todos os comandantes e oficiais da Guarda Nacional, dos bispos, párocos e delegados de polícia.
− Essa centralização passou a ser duramente criticada – atribuí-se a Monarquia a culpa de todos os problemas do país.
− Governo Parlamentar falseado pelo Poder Moderador (parlamentarismo às avessas).
• Na Inglaterra – as eleições precediam a escolha do Ministério.
• No Brasil Imperial – as eleições só serviam para garantir a maioria do Legislativo do partido do Primeiro Ministro – já indicado pelo Imperador.
− Em 1848 – Revolta Praieira – Província de Pernambuco.
• Decadência econômica – fabricação do açúcar e cultivo do algodão = tensões sociais.
• Monopólio da terra, do comércio e da política.
• Influência das ideias liberais e socialistas vindas da Europa.
└ Jornais de oposição: O Republico, O Diário Novo, Jornal dos Praieiros.
└ Em 1845, os Conservadores perderam o controle do governo – que passou para as mãos de um liberal – Antônio Chichorro da Gama (político da confiança dos praieiros).
• Em 1848 – Chichorro foi exonerado – sendo nomeado para o seu lugar um conservador = conflitos.
• Em 7 de novembro de 1848 – iniciou-se o movimento armado em Olinda e se espalhou por toda a província.
• No seu “manifesto ao mundo” – os praieiros defendiam.
└ Voto livre e universal.
└ Liberdade de imprensa.
└ Garantia de trabalho.
└ Controle do comércio por brasileiros.
└ A independência dos poderes.
└ A extinção do Poder Moderador.
• Os revoltosos foram derrotados pelas tropas imperiais – condenados a prisão perpétua – sentença cumprida na ilha de Fernando de Noronha – até a anistia em 1852.
→ Guerra do Paraguai
→ A crise da monarquia.
− 1870 – críticas à monarquia – Manifesto Republicano.
− Enfrentamentos com a igreja, com os militares e a abolição da escravidão.
− Unitarismo.
− Guerra do Paraguai – perdas humanas e materiais.
• Agravamento da dívida externa.
• Cisão do Partido Liberal.
└ 1868 – foi criada a Ala Liberal Radical = oposição a monarquia – defesa da implantação da República.
• Militares, clero e a maioria dos cafeicultores paulistas passaram a defender os ideais republicanos.
− A Questão Militar
• Pós-guerra do Paraguai – ideais reforçados pelo positivismo – Ordem e Progresso – justificava o autoritarismo e o ideal militar de salvação nacional.
• O descontentamento militar foi explorado pelos republicanos = militares abraçaram a causa republicana.
− A questão religiosa
• Conflitos ligados ao regime do padroado.
└ Facultava ao Imperador o poder de vetar as bulas papais no Brasil.
• Em 1864 – o papa Pio IX proclamou a Bula Syllabus – que proibia os padres de ligarem as lojas maçônicas – D. Pedro II resolveu não acatar.
• Os bispos de Olinda e Belém mandaram fechar as irmandades que tinham ligação com a Maçonaria.
└ Foram condenados a quatro anos de trabalho forçados.
• A imprensa republicana explorou como pode o incidente – acusou o Império de ser intransigente e conservador.
− A abolição
• O Império perdeu com a assinatura da Lei Áurea sua ultima e mais poderosa base de sustentação – os proprietários de escravos.
→ A Proclamação da República: que República era aquela?
− Os republicanos tinham uma tarefa = substituir um governo e construir uma nação – mas existiam posições diferentes:
• Proprietários rurais – A República deveria ser espelhada no modelo americano.
└ Evitava a participação popular.
└ Federalismo.
└ Sistema Bicameral.
• Jacobinos (pequenos proprietários, profissionais liberais, jornalistas, professores e estudantes).
└ O ideal seria a liberdade, a igualdade e a participação popular.
└ Não tinham um projeto definido.
• Positivistas – os vencedores.
└ Condenavam a Monarquia em nome do progresso.
└ Defendiam um executivo forte e intervencionista.
└ Exerciam forte atração sobre os militares e republicanos do Rio Grande do Sul.
− Segundo um cronista da época, Aristides Lobo – o povo assistiu à proclamação da República, em 15 de novembro de 1889,  "bestializada”, acreditando estar vendo uma parada militar.
• A República surgiu de cima para baixo.
− Após a proclamação foi instalado um Governo Provisório.
• O Marechal Deodoro da Fonseca devolveu as Assembleias Provinciais, as Câmaras Municipais e a Câmara dos Deputados.
• Acabou com a vitaliciedade do Senado e com o Conselho de Estado.
• Extinguiu o regime de padroado e adotou a liberdade de culto.
• Interventores de Estado foram nomeados.
− Começaram novos tempos no Brasil.




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