domingo, 28 de setembro de 2014

Esquema de estudo - Brasil: Café, Industrialização e Imigração (2ª série - EM)


BRASIL: CAFÉ, INDUSTRIALIZAÇÃO E IMIGRAÇÃO


A economia cafeeira.
− Origem: região de Kaffa, na Abissínia (atual Etiópia) – levado a Europa por comerciantes venezianos.
− As primeiras sementes – chegaram ao Brasil em 1727sargento-mor Francisco de Melo Palheta – inaugurou a plantação no Pará onde residia – fundo de quintal para uso doméstico.
− Por volta de 1780 passou a ser produzido em escala comercial no Brasil – Rio de Janeiro.
Apresentava as condições geológicas e climáticas para o cultivo.
− Capital investido na lavoura cafeeira.
Comerciantes do Rio de Janeiro.
Proprietários da mineração decadente em Minas Gerais.
Lavradores pobres e obscuros que amealhavam fortuna com o próprio café.
Negociantes dos mais variados portes, inclusive traficantes de escravos.
− Final do século XVIII – a cidade do Rio de Janeiro se transformou num imenso cafezal.
− Com o aumento da demanda do mercado internacional – foram expandindo-se para o Vale do Paraíba – dominou a economia cafeeira até os anos de 1850 – responsável por 78,41% do café exportado.
A expansão da cafeicultura brasileira na época pode ser explicada pelos seguintes fatores:
O hábito de beber café tornou-se moda na Europa e nos Estados Unidos;
O cultivo do café exigia investimentos mais baixos que a cana-de-açúcar;
O cafeeiro podia durar 30 anos ou mais, enquanto a cana tinha que ser replantada a cada três anos;
O café se deteriorava menos do que a cana durante o transporte.
− As fazendas seguiam o modelo típico das plantations da América Portuguesa:
Latifúndio,
Monocultura
Escravidão.
− As técnicas de produção eram predatórias:
Desmatamento indiscriminado;
Queimada do solo;
Má distribuição dos pés de café.
−  O solo se esgotava dificultando as plantações – o café de permanente assume caráter itinerante.
− O Vale do Paraíba se tornou  a região mais rica e importante do país.
Os fazendeiros mais ricos ficaram conhecidos como “barões do café”.
− 1870 – decadência do Vale do Paraíba – exploração predatória.
− Em 1850, as plantações já se estendiam em direção ao oeste paulista.
− Encontrou ótimas condições: terra roxa e um relevo mais regular.

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http://www.4shared.com/office/3J1rZMmHba/2_Brasil_Imprio.html

A modernização da produção do café – oeste paulista.
− Organização da produção na fazenda, da comercialização e do financiamento da produção.
Participaram como acionistas de companhias de navegação e ferrovias, bancos e indústrias.
Diversificaram sua produtividade e investiram produtivamente seus lucros – promoveram a modernização da economia paulista.
Maior racionalidade no tratamento e na utilização do solo.
Introduziram a mão de obra livre – imigrantes.
Melhoria do sistema de transportes – implementação da malha ferroviária.
Utilização de máquinas agrícolas.
Divisão mais racional do trabalho – tarefas especializadas.
− Isso aumentou a produtividade e a qualidade do produto.

A lei de Terras
− Em um país com muita terra disponível, como fazer para que o trabalhador não se estabelecesse como posseiro?
− Em setembro de 1850, o governo imperial aprovou a Lei de Terras, que proibia o acesso a terra por doação ou por ocupação – só podia ser dono dela quem a comprasse.
− Com isso os imigrantes, os ex-escravos e os homens livres e pobres, ficavam excluídos do acesso a terra, cujos os preços eram elevados demais para eles.
− Essa lei favoreceu a concentração da propriedade nas mãos de uma minoria.

Imigrantes no Brasil
− As mudanças geradas não só pelo café, mas também pelo fim do tráfico de escravos e pelo desenvolvimento das atividades industriais acarreta-ram significativas modificações nas relações sócias econômicas.
− As leis criadas para a abolição do tráfico negreiro (Bill Aberdeen e Eusébio de Queirós), provocaram uma carência de cativos para o trabalho no Brasil.
Primeiramente tentaram suprir a necessidade da mão de obra com o tráfico interprovincial.
A solução mais barata e eficaz  estava mesmo associada ao trabalho livre do imigrante.
Sistema de parceria
Todas as despesas com a viagem, a manutenção e a instalação do imigrante e de sua família no Brasil eram assumidas pelo fazendeiro.
Recebiam um lote de terra para cultivar e, ao final da colheita, após quitar suas dívidas com os fazendeiros, ficavam com uma parte do dinheiro das vendas do café.
O sistema fracassou, pois os juros eram altos e as dívidas só iam aumentando e no final, os imigrantes nunca conseguiam saldar a dívida.
Acostumados a lidar com os escravos os proprietários os tratavam com brutalidade.
− A partir de 1870, o governo brasileiro e as autoridades paulistas passaram a investir em propaganda na Europa, para atrair imigrantes.
Regime de colonato
O Estado assumia as despesas de viagem do imigrante e este recebia, além de uma porcentagem de parte da colheita, um salário fixo.
− No final do Império, havia mais de 350 mil imigrantes no Brasil, em geral concentrados nas áreas cafeeiras.

Outras atividades econômicas
Borracha
Látex retirado da seringueira na região amazônica.
Com a produção de veículos e pneus passou a ser um dos produtos mais procurados no mercado mundial.
Mão de obra - predominantemente de nordestinos – retirantes da seca e da miséria.
Na década de 1910 – a produção entrou em declínio – enfrentou a concorrência da borracha extraída na Ásia.
Cacau
Foi cultivado primeiramente na Amazônia e passou para o Pará e, depois, foi levado a Bahia – onde se aclimatou e se desenvolveu.
Mão de obra barata e farta de migrantes e ex-escravos.
Gerou fortunas na Bahia e criou uma nova elite política de plantadores de cacau.
− Produção de subsistência.
Pecuária no Sul.
Açúcar e algodão no Nordeste.
Produção de ferro em Minas Gerais.
Cimento em Juiz de Fora.

A Era Mauá: o primeiro surto de industrialização no Brasil.
− Século XIX – início do processo industrial no Brasil.
− Houve conjunturas propícias a surtos industriais:
• Adoção da tarifa protecionista Alves Branco – 1844.
• A extinção do tráfico negreiro – 1850.
− A Tarifa Alves Branco – Ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco – 1844.
• Elevou significativamente as taxas sobre as importações – os produtos com similares nacionais passariam a pagar um imposto de 60%, não havendo similar, o percentual seria de 30%.
• Favorecimento a indústria nacional.
• O empresário mais beneficiado com a tarifa foi o Barão de Mauá.
→ Mauá: o empreendedor – Irineu Evangelista de Souza – “Era Mauá”.
→ Principais empreendimentos de Mauá.
• Estabelecimento industrial na Ponta da Areia, Rio de janeiro;
• A companhia de gás e iluminação das ruas do Rio de Janeiro;
• A empresa de bondes Botanical Garden Rail Road Company;
• A construção do canal do Mangue;
• A Companhia de Rebocadores a Vapor do Rio Grandes do Sul;
• A Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas;
• A criação do telégrafo submarino;
• O Banco Mauá.
− No setor do transporte – as ferrovias.
• 1854 – construiu a primeira estrada de ferro – ligação entre o Rio de janeiro e Petrópolis.
• Participou da construção da Recife and São Francisco Raiway Company.
• Ferrovia D. Pedro II, hoje, Central do Brasil.
• São Paulo Railway, hoje Santos-Jundiaí.
− As empresas Mauá não duraram muito.
• Mercado interno pequeno.
• Vocação ainda agroexportadora.
− O Brasil ainda não estava preparado para os investimentos de Irineu Evangelista de Sousa.
− Suas empresas acabaram falindo – cheio de dívidas, foi obrigado a vende-las.

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