BRASIL: CAFÉ,
INDUSTRIALIZAÇÃO E IMIGRAÇÃO
→ A economia
cafeeira.
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Origem: região de Kaffa, na Abissínia (atual Etiópia) – levado a Europa
por comerciantes venezianos.
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As primeiras sementes – chegaram ao Brasil em 1727 – sargento-mor
Francisco de Melo Palheta – inaugurou a plantação no Pará onde
residia – fundo de quintal para uso doméstico.
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Por volta de 1780 passou a ser produzido em escala comercial no Brasil –
Rio de Janeiro.
•
Apresentava as condições geológicas e climáticas para o cultivo.
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Capital investido na lavoura cafeeira.
• Comerciantes
do Rio de Janeiro.
•
Proprietários da mineração decadente em Minas Gerais.
• Lavradores
pobres e obscuros que amealhavam fortuna com o próprio café.
• Negociantes
dos mais variados portes, inclusive traficantes de escravos.
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Final do século XVIII – a cidade do Rio de Janeiro se transformou num imenso
cafezal.
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Com o aumento da demanda do mercado internacional – foram expandindo-se para o Vale
do Paraíba – dominou a economia cafeeira até os anos de 1850 – responsável
por 78,41% do café exportado.
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A expansão da cafeicultura brasileira na época pode ser explicada pelos
seguintes fatores:
• O
hábito de beber café tornou-se moda na Europa e nos Estados Unidos;
• O
cultivo do café exigia investimentos mais baixos que a cana-de-açúcar;
• O
cafeeiro podia durar 30 anos ou mais, enquanto a cana tinha que ser replantada
a cada três anos;
• O
café se deteriorava menos do que a cana durante o transporte.
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As fazendas seguiam o modelo típico das plantations da América
Portuguesa:
•
Latifúndio,
•
Monocultura
• Escravidão.
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As técnicas de produção eram predatórias:
•
Desmatamento indiscriminado;
•
Queimada do solo;
• Má
distribuição dos pés de café.
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O solo se esgotava dificultando as
plantações – o café de permanente assume caráter itinerante.
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O Vale do Paraíba se tornou a
região mais rica e importante do país.
• Os
fazendeiros mais ricos ficaram conhecidos como “barões do café”.
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1870 – decadência do Vale do Paraíba – exploração predatória.
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Em 1850, as plantações já se estendiam em direção ao oeste paulista.
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Encontrou ótimas condições: terra roxa e um relevo mais regular.
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→ A
modernização da produção do café – oeste paulista.
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Organização da produção na fazenda, da comercialização e do financiamento da
produção.
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Participaram como acionistas de companhias de navegação e ferrovias,
bancos e indústrias.
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Diversificaram sua produtividade e investiram produtivamente seus lucros
– promoveram a modernização da economia paulista.
• Maior
racionalidade no tratamento e na utilização do solo.
• Introduziram
a mão de obra livre – imigrantes.
• Melhoria
do sistema de transportes – implementação da malha ferroviária.
•
Utilização de máquinas agrícolas.
•
Divisão mais racional do trabalho – tarefas especializadas.
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Isso aumentou a produtividade e a qualidade do produto.
→ A
lei de Terras
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Em um país com muita terra disponível, como fazer para que o trabalhador não se
estabelecesse como posseiro?
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Em setembro de 1850, o governo imperial aprovou a Lei de Terras,
que proibia o acesso a terra por doação ou por ocupação – só podia ser dono
dela quem a comprasse.
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Com isso os imigrantes, os ex-escravos e os homens livres e pobres, ficavam
excluídos do acesso a terra, cujos os preços eram elevados demais para eles.
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Essa lei favoreceu a concentração da propriedade nas mãos de uma minoria.
→ Imigrantes
no Brasil
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As mudanças geradas não só pelo café, mas também pelo fim do tráfico de escravos
e pelo desenvolvimento das atividades industriais acarreta-ram significativas modificações
nas relações sócias econômicas.
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As leis criadas para a abolição do tráfico negreiro (Bill Aberdeen e Eusébio de
Queirós), provocaram uma carência de cativos para o trabalho no Brasil.
•
Primeiramente tentaram suprir a necessidade da mão de obra com o tráfico
interprovincial.
• A
solução mais barata e eficaz estava
mesmo associada ao trabalho livre do imigrante.
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Sistema de parceria
•
Todas as despesas com a viagem, a manutenção e a instalação do imigrante e de
sua família no Brasil eram assumidas pelo fazendeiro.
•
Recebiam um lote de terra para cultivar e, ao final da colheita, após quitar
suas dívidas com os fazendeiros, ficavam com uma parte do dinheiro das vendas
do café.
• O
sistema fracassou, pois os juros eram altos e as dívidas só iam aumentando e no
final, os imigrantes nunca conseguiam saldar a dívida.
•
Acostumados a lidar com os escravos os proprietários os tratavam com brutalidade.
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A partir de 1870, o governo brasileiro e as autoridades paulistas passaram a
investir em propaganda na Europa, para atrair imigrantes.
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Regime de colonato
• O
Estado assumia as despesas de viagem do imigrante e este recebia, além de uma
porcentagem de parte da colheita, um salário fixo.
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No final do Império, havia mais de 350 mil imigrantes no Brasil, em geral
concentrados nas áreas cafeeiras.
→
Outras atividades econômicas
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Borracha
•
Látex retirado da seringueira na região amazônica.
• Com
a produção de veículos e pneus passou a ser um dos produtos mais procurados no
mercado mundial.
• Mão
de obra - predominantemente de nordestinos – retirantes da seca e da miséria.
• Na
década de 1910 – a produção entrou em declínio – enfrentou a concorrência da
borracha extraída na Ásia.
−
Cacau
• Foi
cultivado primeiramente na Amazônia e passou para o Pará e, depois, foi levado
a Bahia – onde se aclimatou e se desenvolveu.
• Mão
de obra barata e farta de migrantes e ex-escravos.
•
Gerou fortunas na Bahia e criou uma nova elite política de plantadores de
cacau.
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Produção de subsistência.
• Pecuária
no Sul.
•
Açúcar e algodão no Nordeste.
•Produção
de ferro em Minas Gerais.
•Cimento
em Juiz de Fora.
→ A
Era Mauá: o primeiro surto de industrialização no Brasil.
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Século XIX – início do processo industrial no Brasil.
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Houve conjunturas propícias a surtos industriais:
•
Adoção da tarifa protecionista Alves Branco – 1844.
•
A extinção do tráfico negreiro – 1850.
−
A Tarifa Alves Branco – Ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco – 1844.
•
Elevou significativamente as taxas sobre as importações – os produtos com
similares nacionais passariam a pagar um imposto de 60%, não havendo similar, o
percentual seria de 30%.
•
Favorecimento a indústria nacional.
•
O empresário mais beneficiado com a tarifa foi o Barão de Mauá.
→
Mauá: o empreendedor – Irineu Evangelista de Souza – “Era Mauá”.
→
Principais empreendimentos de Mauá.
•
Estabelecimento industrial na Ponta da Areia, Rio de janeiro;
•
A companhia de gás e iluminação das ruas do Rio de Janeiro;
•
A empresa de bondes Botanical Garden Rail Road Company;
•
A construção do canal do Mangue;
•
A Companhia de Rebocadores a Vapor do Rio Grandes do Sul;
•
A Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas;
•
A criação do telégrafo submarino;
•
O Banco Mauá.
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No setor do transporte – as ferrovias.
•
1854 – construiu a primeira estrada de ferro – ligação entre o Rio de janeiro e
Petrópolis.
•
Participou da construção da Recife and São Francisco Raiway Company.
•
Ferrovia D. Pedro II, hoje, Central do Brasil.
•
São Paulo Railway, hoje Santos-Jundiaí.
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As empresas Mauá não duraram muito.
•
Mercado interno pequeno.
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Vocação ainda agroexportadora.
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O Brasil ainda não estava preparado para os investimentos de Irineu
Evangelista de Sousa.
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Suas empresas acabaram falindo – cheio de dívidas, foi obrigado a vende-las.
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